Capitania Real
As Capitanias Reais eram um tipo de unidade territorial da administração colonial portuguesa. Diferentemente das capitanias hereditárias, que pertenciam a pessoas privadas, essas eram administradas diretamente pela Coroa portuguesa.
História
[editar | editar código-fonte]Ao contrário das Capitanias Hereditárias, as Capitanias Reais eram governadas por um governador nomeado diretamente pela Coroa. A primeira Capitania Real do Brasil foi a Capitania da Baía de Todos os Santos, que a Coroa Portuguesa comprou dos herdeiros do donatário Francisco Pereira Coutinho em 1548. Seguida pela Capitania Real do Rio de Janeiro fundada em 1567.[1]
Com o passar do tempo todas as demais Capitanias Hereditárias foram sendo compradas pela Coroa Portuguesa e transformadas em Capitanias Reais.
As últimas capitanias hereditárias a passar para o domínio direto da coroa foram a Capitania de Ilhéus (1754) e a de Porto Seguro (1761) que foram incorporadas a Capitania Real da Bahia, e a Capitania de Itamaracá, que em 1763, com a morte de seu último donatário, foi oficialmente extinta e anexada a Capitania Real de Pernambuco.[2]
A extinção do sistema de capitanias no Brasil ocorreu formalmente em 28 de fevereiro de 1821, um pouco mais de um ano antes da declaração de independência. A maioria das capitanias tornaram-se províncias e o território de algumas, como o da capitania de São José do Rio Negro e o da capitania de Sergipe, foram anexados às novas províncias.