O Filho de Mil Homens Quotes

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O Filho de Mil Homens O Filho de Mil Homens by Valter Hugo Mãe
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“Deve nutrir-se carinho por um sofrimento sobre o qual se soube construir a felicidade, repetiu muito seguro. Apenas isso. Nunca cultivar a dor, mas lembrá-la com respeito, por ter sido indutora de uma melhoria, por melhorar quem se é. Se assim for, não é necessário voltar atrás. A aprendizagem estará feita e o caminho livre para que a dor não se repita.”
valter hugo mãe, O Filho de Mil Homens
“O Crisóstomo disse ao Camilo: todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós.”
valter hugo mãe, O Filho de Mil Homens
“O toque de alguém, dizia ele, é o verdadeiro lado de cá da pele. Quem não é tocado não se cobre nunca, anda como nu. De ossos à mostra.”
valter hugo mãe, O Filho de Mil Homens
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“ser o que se pode é a felicidade. pensou nisto a isaura. não adianta sonhar com o que é feito apenas de fantasia e querer aspirar ao impossível. a felicidade é a aceitação do que se é e se pode”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Nunca limites o amor, filho, nunca por preconceito algum limites o amor.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Estava sozinho, os seus amores haviam falhado e sentia que tudo lhe faltava pela metade, como se tivesse apenas metade dos olhos, metade do peito e metade das pernas, metade da casa e dos talheres, metade dos dias, metade das palavras para se explicar às pessoas. Via-se metade ao espelho e achava tudo demasiado breve, precipitado, como se as coisas lhe fugissem, a esconderem-se para evitar a sua companhia. Via-se metade ao espelho porque se via sem mais ninguém, carregado de ausências e de silêncios como os precipícios ou poços fundos. Para dentro do homem era um sem fim, e pouco ou nada do que continha lhe servia de felicidade. Para dentro do homem o homem caía.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Pensava que quando se sonha tão grande a realidade aprende.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Parecia-lhe que a vida era aprender, saber sempre mais e mudar para aceitar sempre mais.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Quem perdeu a mãe perde para sempre e nunca mais para de perder.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“O Crisóstomo então levantou-se, atravessou o quarto, saiu, foi ver o Camilo deitado e beijá-lo para dormir e disse-lhe: nunca limites o amor, filho, nunca por preconceito algum limites o amor. O miúdo perguntou: por que dizes isso, pai. O pescador respondeu: porque é o único modo de também tu, um dia, te sentires o dobro do que és.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“A companhia de verdade, achava ele, era aquela que não tinha por que ir embora e, se fosse, ir embora significaria ficar ali, junto.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Farto como estava de ser sozinho, aprendera que a família também se inventava.”
valter hugo mãe, O Filho de Mil Homens
“A solidão podia transformar os homens em seres quase de fantasia por lhes mexer na cabeça e obrigar o coração a legitimar como verdadeira a mais pura ilusão.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“O Camilo começou a pensar que tantas coisas se aprendiam quando se ficava sozinho. Era importante que muita coisa fosse decidida nessa clausura da solidão, para que a natureza de cada um se pronunciasse livremente, sem estigmas. Pensou assim e achou que, não sendo um livro, era um pensamento capaz de eliminar o colesterol e segurar os tetos das casas todas.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Queriam as coisas normais com que se entendiam sem complicações. Quando se conhece alguém, pensou o Crisóstomo, procuram-se as exuberâncias dos gestos, como para fazer exuberar o amor, mas o amor é uma pacificação com as nossas naturezas e deve conduzir ao sossego. O gesto exuberante é um gesto desesperado de quem não está em equilíbrio.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Pensava que a pele deveria ser mais terra, e sonhava com fazer nascer árvores no peito e flores pelos braços e ter rios a correr por sob as pernas e entornar nas coxas giestas fartas e um milharal inteiro.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“A vida fazia-se à revelia da felicidade.”
valter hugo mãe, O Filho de Mil Homens
“O toque de alguém, dizia ele, é o verdadeiro lado de cá da pele. Quem não é tocado não se cobre nunca, anda como nu. De ossos à mostra. E amar uma pessoa é o destino do mundo.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“As pessoas eram assim mesmo, feitas de imprudências. Olhe, dizia a Rosinha, quem sabe se a imprudência é a felicidade. A imprudência é a felicidade.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Mas não era uma tristeza, era exatamente uma saudade de ter sofrido o que sofrera, o necessário para lhe ensinar a usufruir mais tarde, agora, a felicidade. Achava ele que se devia nutrir carinho por um sofrimento sobre o qual se soube construir a felicidade.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“O Crisóstomo explicava que o amor era uma atitude. Uma predisposição natural para se ser a favor de outrem. É isso o amor. Uma predisposição natural para se favorecer alguém. Ser, sem sequer se pensar, por outra pessoa.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“O Antonino disse à Isaura que amasse. Que amasse, pelos dois, o pescador, que dele cuidasse como quem cuidava do importante destino do mundo. O toque de alguém, dizia ele, é o verdadeiro lado de cá da pele. Quem não é tocado não se cobre nunca, anda como nu. De ossos à mostra. E amar uma pessoa é o destino do mundo”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“O Crisóstomo disse ao Camilo: todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães [...]”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Ela olhou por sobre o muro e percebeu que, mínima e a diminuir, estava a trancar-se cada vez mais, como a fugir por dentro, para longe, para um lugar tão distante que podia existir só dentro das pessoas.”
valter hugo mãe, O Filho de Mil Homens
“A criança era o resto de uma conta de outro corpo que, ao morrer, parecia revoltar-se na tentativa de deixar memória. Um troco do pagamento da morte como um último sonho de vida.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Ela perguntou-lhe: não te curas. E ele disse: não. E ela disse: não pareces doente. E ele disse: pois não. E ela disse: deve ser porque não estás doente. E ele disse: não sei. E ela disse: haviam de inventar um comprimido. E ele disse: pois haviam.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Ser o que se pode é a felicidade. Pensou nisto a Isaura. Não adianta sonhar com o que é feito apenas de fantasia e querer aspirar ao impossível. A felicidade é a aceitação do que se é e se pode ser.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“O Camilo começou a pensar que tantas coisas se aprendiam quando se ficava sozinho. Era importante que muita coisa fosse decidida nessa clausura da solidão, para que a natureza de cada um se pronunciasse livremente, sem estigmas.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Quem tem menos medo de sofrer, tem maiores possibilidades de ser feliz.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens
“Ando cá a pensar, disse o Camilo. Em quê? Nas pessoas. No que dizem. No que dizem e no que é verdade. Por vezes é diferente. Pode não ser mentira, mas apenas uma maneira diferente de acreditar.”
Valter Hugo Mãe, O Filho de Mil Homens

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