Solanoideae
Solanoideae | |
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Capsicum annuum | |
Classificação científica | |
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Subdivisão: | Ver texto
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Subfamília: | Solanoideae
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Tribo, subtribo e géneros | |
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Solanoideae é uma subfamília pertencente à família das solanáceas (Solanaceae) que agrupa diversas plantas de elevado interesse económico.
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]- Tribo Capsiceae Dumort (1827)
- Capsicum L. (1753), género que inclui cerca de 31 espécies neotropicais.
- Lycianthes (Dunal) Hassler (1917), com cerca de 200 espécies distribuídas pelas Américas e Ásia.
- Tribo Datureae G. Don (1838)
- É uma tribo que apresenta dois géneros perfeitamente diferenciados tanto a nível morfológico como molecular. Brugmansia inclui espécies arbóreas, enquanto que Datura compreende plantas herbáceas e arbustos. Este último género, por sua vez, está dividido em 3 secções: Stramonium, Dutra e Ceratocaulis.[1]
- Brugmansia Persoon (1805), género que inclui 6 espécies dos Andes. (incl.: Methysticodendron Schult. (1955))
- Datura L. (1753), com 11 espécies neotropicais.
- Tribo Hyoscyameae Endl. (1839)
- Anisodus Link (1825), com 4 espécies da China, Índia e Himalaias.
- Atropa L. (1753), inclui 3 espécies euroasiáticas.
- Atropanthe Pascher (1909), género monotípico da China.
- Hyoscyamus L. (1753), abarca cerca de 20 espécies distribuídas desde o Mediterrâneo até à China.
- Physochlaina G. Don (1838), inclui 11 espécies euroasiáticas.
- Przewalskia Maxim. (1881) com uma única espécie da China.
- Scopolia Jacq. (1764), género com distribuição disjunta, com uma espécie europeia e outra do Japão.
- Tribo Jaboroseae Miers (1849)
- Jaborosa Juss. (1789), género que inclui 23 espécies sul-americanas.
- Tribo Solandreae Miers (1849)
- Subtribo Juanulloinae: compreende 10 géneros de árvores e arbustos epifítos com distribuição neotropical.[2] Algunos de estos géneros (Dyssochroma, Merinthopodium e Trianaea) mostram uma clara dependência de várias espécies de morcegos tanto para a polinização como para a dispersão das sementes.[3]
- Dyssochroma Miers (1849), com 2 espécies do sul do Brasil.
- Ectozoma Miers (1849)
- Hawkesiophyton Hunz. (1977)
- Juanulloa Ruiz et Pav. (1794), com 11 espécies de América do Sul e Central.
- Markea Rich.(1792) género que abarca 9 espécies de América do Sul e América Central.
- Merinthopodium J. Donn. Sm. (1897) inclui 3 espécies oriundas de América do Sul.
- Rahowardiana D' Arcy (1973)
- Schultesianthus Hunz. (1977), género que inclui 8 espécies neotropicais.
- Trianaea Planch. et Linden (1853) com 6 espécies sul-americanas.
- Subtribu Solandrinae, é uma subtribo monotípica que difere de Juanulloinae pelos embriões com cotilédones incumbentes e ovário semi-ínfero.[2]
- Solandra Sw. (1787), inclui 10 espécies das regiões neotropicais de América.
- Tribo Lycieae Hunz. (1977)
- Compreende 3 géneros de plantas lenhosas que ocorrem em climas áridos ou semi-áridos. O género cosmopolita Lycium é o mais antigo da tribo e o que apresenta a maior variabilidade morfológica.[4] Os estudos de sistemática molecular sugerem que tanto Grabowskia como Phrodus deveriam ser incluídas dentro de Lycium[5] e que este género junto com Nolana e Sclerophylax formando um clado (Lyciina), o cual carece por o momento de categoría taxonómica.[6] O fruto é uma baga, de coloração vermelha, carnosa, dispersa por pássaros, é o tipo de fruto dominante em Lycium. Os diferentes tipos de frutos neste género evoluíram desde o tipo de baga antes mencionado hasta uma drupa com um reduzido número de sementes.[7]
- Grabowskia Schltdl. (1832), 3 espécies sul-americanas.
- Lycium L. (1753), cosmopolita, inclui 83 espécies.
- Phrodus Miers (1849), endémico do norte de Chile, inclui 2 espécies.
- Tribo Mandragoreae (Wettst.) Hunz. & Barboza (1995)
Esta tribo monotípica não apresenta uma posição sistemática definida segundo sugerem os estudos de sistemática molecular.[6]
- Mandragora L. (1753), duas espécies da Eurásia
- Tribo Nicandreae Wettst. (1891) ==
É uma tribo com dos géneros sul-americanos. Os estudos de sistemática molecular indicam que ambos géneros não estão relacionados entre si e com outros géneros da família, pelo que a sua posição taxonómica é incerta.[6]
- Exodeconus Raf. (1838), com 6 espécies do oeste da América do Sul.
- Nicandra Adans (1763), género com usa única espécies distribuída nas regiões neotropicais.
- Tribo Nolaneae Rchb. (1837) ==
- Nolana L. (1762) São ervas ou pequenos arbustos, na sua maioria de folhas suculentas, com flores muito vistosas, que vão desde o branco até vários tons de azul, com fruto de tipo esquizocarpo, o qual dá origem a várias bagas. Compreende 89 espécies endémicas do Chile e Peru.
- Tribo Physaleae Miers (1849) ==
- Muito numerosa, e a tribo irmã de Capsiceae.
- Subtribo Iochrominae (Miers) Hunz. é um clado dentro da tribo Physaleae que compreende 37 espécies, principalmente distribuídas nos Andes, repartidas por a 6 géneros. Os membros desta subtribo caracterizam-se por ser arbustos lenhosos ou pequenas árvores com atractivas flores tubulares ou rodadas. Apresentam, para além disso, uma grande diversidade floral cobrindo, de facto, a totalidade da variação existente na família. As flores podem ser vermelhas, alaranjadas, amarelas, verdes, azuis, púrpuras ou brancas. A forma da corola pode ser tubular a rodada, com uma variação de até 8 vezes no comprimento do tubo entre as espécies.[8]
- Acnistus Schott (1829), com uma espécie distribuída nos neotrópicos.
- Dunalia Kunth. (1818), que inclui 5 espécies dos Andes.
- Iochroma Benth. (1845), género com 24 espécies dos Andes.
- Saracha Ruiz et Pav. (1794), que inclui 2 espécies dos Andes.
- Vassobia Rusby (1927), com duas espécies sul-americanas.
- Eriolarynx Hunz.(2000), género que apresenta 3 espécies da Argentina e Bolívia.
- Subtribo Physalinae (Miers) Hunz. (2000). É uma subtribo monofilética que compreende 10 géneros e inclui herbáceas ou arbustos lenhosos com flores solitárias, axilares, amarelas, brancas ou púrpuras que são polinizadas por abelhas. Após a polinização, a corola cai e o cálice expande-se até cobrir por inteiro a baga que está desenvolvendo (o cálice diz-se acrescente). Em muitas espécies, o cálice torna-se amarelo ou alaranjado na maturidade. As bagas, com muitas sementes, são de coloração verdosa a amarelo-alaranjado, frequentemente com reflexos avermelhados ou purpúreos.[9]
- Brachistus Miers (1849), com 3 espécies do México e América Central.
- Chamaesaracha (A.Gray) Benth. et Hook. (1896), compreende 10 espécies do México e América Central.
- Leucophysalis Rydberg (1896), inclui 3 espécies do Sudoeste dos Estados Unidos e do México.
- Margaranthus Schlecht. (1830), com uma espécie mexicana.
- Oryctes S. Watson (1871), género monotípico do sudoeste dos Estados Unidos.
- Quincula Raf. (1832) com uma única espécie do sudoeste dos Estados Unidos e do México.
- Physalis L. (1753), o género maior da subtribo, com 85 espécies distribuídas nas regiões tropicais das Américas e uma espécie da China.
- Witheringia L' Heritier (1788), género com 15 espécies das regiões neotropicais.
- Tzeltalia, género segregado de Physalis, com duas espécies distribuídas no México e Guatemala.
- Darcyanthus, género com uma única espécie oriunda de Bolívia e Peru.
- Subtribo Salpichroinae, é uma subtribo de Physaleae que inclui 16 espécies americanas distribuídas em dois géneros:
- Nectouxia Kunth. (1818), género monotípico e endémico do México.
- Salpichroa Miers (1845), género com 15 espécies dos Andes e outras regiões de América do Sul.
- Subtribo Withaninae, é uma subtribo de Physaleae com uma ampla distribuição, inclui 9 géneros:
- Archiphysalis Kuang (1966), com 3 espécies da China e Japão.
- Athenaea Sendtn. (1846), que inclui 7 espécies do Brasil.
- Aureliana Sendt. (1846), com 5 espécies da América do Sul.
- Mellissia Hook. f. (1867), género monotípico de Santa Helena.
- Physalisastrum Makino (1914), com 9 espécies asiáticas.
- Tubocapsicum (Wettst.) Makino (1908), com uma única espécie endémica da China.
- Withania Pauq.(1825), com 10 espécies nativas das Canárias, África e Nepal.
- Cuatresia Hunz. (1977), com 11 espécies neotropicais. Os estudos moleculares indicam que este género, conjuntamente com Deprea e Larnax tiene uma posição taxonómica incerta.[6]
- Deprea Raf. (1838), com 6 espécies neotropicais.
- Larnax Miers (1849), muitos taxónomos consideram este género um sinónimo de Deprea, abarca 22 espécies nativas dos Andes.
- Tribo Solaneae (1852)
Os géneros Cyphomandra Sendtn. (1845), Discopodium Hochst. (1844), Normania Lowe (1872), Triguera Cav. (1786) e Lycopersicum Mill foram transferidos dentro de Solanum. A tribo, passou então a ser composta por dois géneros:[6]
- Jaltomata Schltdl. (1838), que inclui 50 espécies neotropicais.
- Solanum L. (1753), o género maior da familia e uno dos más amplios das angiospermas, com 1328 espécies distribuídas en todo o mundo.
- Géneros com posição taxonómica duvidosa (incertae sedis)
Os seguintes géneros ainda não se encontram integrados em nenhuma das subfamílias reconhecidas de solanáceas.[6][10]
- Duckeodendron Kuhlmannb (1925), género monoespecífico do Amazonas.
- Parabouchetia Baillon (1888)
- Pauia Deb. & Dutta (1965)
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Mace, E. S. C. G. Gebhardt, R. N. Lester. 1999. AFLP analysis of genetic relationships in the tribe Datureae (Solanaceae). Theoretical and Applied Genetics 99, (3-4): 634-641 Resumen en inglés
- ↑ a b Knapp, S., V. Persson & S. Blackmore. 1997. A Phylogenetic Conspectus of the Tribe Juanulloeae (Solanaceae). Annals of the Missouri Botanical Garden, Vol. 84, No. 1: 67-89 Resumen en inglés
- ↑ Sazima, M. ; Buzato, S.; Sazima, I. 2003. Dyssochroma viridiflorum (Solanaceae): a Reproductively Bat-dependent Epiphyte from the Atlantic Rainforest in Brazil. Annals of Botany. 92(5):725-730.
- ↑ Bernardello, L.M. 1987. Comparative Floral Morphology in Lycieae (Solanaceae). Brittonia, Vol. 39, No. 1:112-129 resumen en inglés
- ↑ Levin, R.A. & Miller, J.S. 2005. Relationships within tribe Lycieae (Solanaceae): paraphyly of Lycium and multiple origins of gender dimorphism. American Journal of Botany. 2005;92:2044-2053 resumen en inglés
- ↑ a b c d e f Olmstead, R.G. and Bohs, L. 2007. A Summary of molecular systematic research in Solanaceae: 1982-2006. Acta Hort. (ISHS) 745:255-268
- ↑ Bernardello, L. & F. Chiang-Cabrera. 1998.A cladistic study on the American species of Lycium (Solanaceae) based on morphological variation. Monographs in Systematic Botany from the Missouri Botanical Garden 68: 33–46.
- ↑ DeWitt Smith, S. & David A. Baum. 2006. Phylogenetics of the florally diverse Andean clade Iochrominae (Solanaceae). American Journal of Botany 93:1140-1153 Artigo em inglês
- ↑ Whitson, M. & P.S. Manos. 2005. Untangling Physalis (Solanaceae) from the physaloids: a two-gene phylogeny of the Physalinae. Systematic Botany 30: 216-230. Artigo em inglês
- ↑ Revisão de bibliografia realizada até novembro de 2007