Planetologia
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Maio de 2012) |
Planetologia, ciência planetária ou astronomia planetária é o estudo dos sistemas planetários, isto é, de planetas, seus satélites naturais e outros objetos relacionados, com maior ênfase no sistema Solar. Apesar disso, é crescente o interesse também nos exoplanetas, planetas que não pertencem ao sistema Solar. Em geral, estudam-se todos os objetos não-estelares (ou com dimensão inferior ao necessário para se iniciar uma reação nuclear), onde se incluem os meteoros e cometas.
Esta é uma ciência multidisciplinar, que toma parte das geociências (ciências da Terra), ou melhor, é similar a esta. A planetologia tem se tornado cada vez mais ampla e tem se expandido de forma desproporcional às demais áreas da astronomia. Outras diversas áreas, como física clássica, física nuclear, geologia comparada (astrogeologia), astrobiologia, química, geografia física (geomorfologia e cartografia) e meteorologia tangem a área da planetologia.
Os conhecimentos destas diversas ciências são utilizados para criar modelos dos corpos celestes, que depois são comparados com observações a partir da Terra e de sondas espaciais. A maioria das observações são realizadas sobre corpos do sistema Solar, mas nos últimos anos tornou-se possível descobrir e obter dados sobre planetas mais distantes através da influência que exercem na estrela que orbitam. Uma vez comprovada a veracidade do modelo, este pode ser usado para analisar as teorias da formação de cada planeta e do sistema solar em conjunto. O envio de sondas à superfície dos planetas mais próximos possibilitou a melhoria dos resultados destes tipos de análise.
Tipos de planetas
[editar | editar código-fonte]Um planeta (do grego πλανήτης, em alfabeto latino, planētēs que significa "errantes") é um corpo de massa considerável que não produz energia através da fusão nuclear. Em 1801, foi descoberto um planeta entre Marte e Júpiter, Ceres. Um ano depois foi descoberto um segundo planeta, mais ou menos à mesma distância, Palas. A ideia de dois planetas partilharem a mesma órbita era uma afronta há milhares de anos de pensamento. Eventualmente, o número destes planetas aumentou para milhares, e foi-lhes dada uma classificação própria e separada – "asteroides". Mais recentemente, e com a evolução dos instrumentos e do conhecimento, novas divisões foram necessárias, especificamente para o largo número de planetas que têm sido descobertos para lá do sistema solar.
Tipos de Planetas:
- Planeta principal (ou simplesmente "planeta") – Planetas que orbitam o Sol.
- Planeta secundário (ou "lua" ou "satélite natural") – Planetas que orbitem outros planetas.
- Planeta menor (ou "asteroide" ou "planetoide") – Planetas com dimensão pequena num grupo lato.
- Planeta menor transneptuniano (ou "planetoide transneptuniano" ou "Kuiper Belt Object" – KBO) – Asteroides semelhantes a cometas que orbitam depois da órbita de Neptuno.
- Planeta extra-solar (ou "exoplaneta") – planetas que orbitem outras estrelas.
Para além destes planetas, existem ainda outro tipo de planetas, que desafiam toda a lógica da evolução planetária, planetas que não orbitam qualquer estrela, caminhando errantes por entre o espaço inter-estelar.
Os planetas podem ser divididos em sub-grupos de várias formas. Por exemplo, os planetas principais podem ser divididos em vários grupos: "Telúricos" (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte), "Gasosos" (Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno) e "Gelados" (Plutão).
Os planetas extra-solares normalmente seguem dois tipos: os semelhantes a Júpiter (em especial os tipos Super-Júpiter e Júpiter Quente), e os semelhantes à Terra.
Os asteroides foram inicialmente classificados por apenas três tipos: C (carbonáceos), S (silicosos/siliciosos) e M (metálicos), mas com a descoberta de uma imensidade de asteroides, e consequente variedade, esta classificação rapidamente tornou-se obsoleta, hoje em dia, existem asteroides de tipo A, B, D, E, F, G, P, Q, R, T e V.
Disciplinas
[editar | editar código-fonte]Quando a disciplina se concentra em um corpo celeste em particular, usa-se um termo especializado. Heliologia, Geologia, Selenologia e Areologia são usados com mais frequência que os outros.
Resultados produzidos por sondas espaciais
[editar | editar código-fonte]Actualmente, todos os planetas do Sistema Solar foram observadas por sondas espaciais.
Vénus foi estudado pelas sondas soviéticas Venera, Vega e por sondas americanas. Marte foi estudado pelas missões americanas Mariner, Viking, Mars Global Surveyor, Mars Pathfinder, Mars Odyssey e a actual missão Mars Exploration Rovers. As sondas Voyager foram enviadas para estudar os planetas gasosos. A sonda Galileo estudou Júpiter e as suas luas. A sonda Cassini-Huygens foi enviada para Saturno e revelou dados impressionantes sobre Titã.
Estas sondas revelaram algumas particularidades dos planetas do Sistema Solar. Os estudos mostraram que Vénus é um planeta sob o efeito de estufa onde as sondas foram esmagadas pela enorme pressão atmosférica. Marte possui a maior montanha do sistema solar, o monte Olimpo (ou Olympus Mons) e vestígios de água, possui vulcões, e Europa, Ganímedes e Calisto possuem muito provavelmente um mar interior gelado. A exploração de Titã, a maior lua de Saturno, no início de 2005 e a exploração prolongada dos Mars Exploration Rovers retornaram uma quantidade tal de informação que levará anos a ser digerida e estudada.
Para além das peculiaridades de cada planeta, as sondas determinam resultados gerais como o campo magnético, a massa volúmica, a composição química e a cartografia.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Anã marrom
- Planeta gasoso
- Planeta telúrico
- Planeta binário
- Lua gelada
- Asteroide
- Cometa
- Terremoto
- Cinturão de Kuiper
- Magnetosfera
- Definição de planeta
- Interação Sol-Terra
- Meteorologia espacial
- Rotação síncrona
- Exoplaneta
- Super-Júpiter
- Astrofísica
- Ciência espacial
- Ciências atmosféricas
- Geologia
- Astrometria