Pato (esporte)
O jogo do pato (em espanhol: juego del pato ou simples pato) é um esporte equestre originário da Argentina.
O jogo do pato nasceu das mãos dos gaúchos que praticavam esse esporte no campo. Desde o período colonial e ao longo do século XIX o pato era o esporte mais popular entre os moradores da província de Buenos Aires e arredores. Em sua origem, uma ave, normalmente um pato, era colocado dentro de um saco de couro com quatro alças e era disputado por duas equipes montadas à cavalo. A equipe que conseguisse puxar o saco para si começava o jogo com a posse do pato e deveria levá-lo até um local determinado no campo do adversário sem que esse lhe roubasse a posse do pato.
Em 1822, o jogo foi proibido por Martín Rodríguez, governador da província de Buenos Aires, por conta da utilização de um animal vivo na prática do esporte e também por conta dos diversos acidentes que ocorriam com os ginetes, cavaleiros que competiam, colocando suas vidas em risco.
Foi apenas no ano de 1938, após a criação de novas regras de segurança e a substituição do pato por uma bola que o esporte voltou a ser praticado e divulgado no país.
O esporte foi declarado oficialmente como esporte nacional argentino em 1953 pelo então presidente Juan Domingo Perón através do decreto 17.468 de 16 de setembro de 1953[1]. Em 2010, após uma campanha de fazer o futebol o esporte nacional da Argentina, a Federação Argentina de Pato e Horseball pediu ao congresso argentino a aprovação de uma lei que reconhecesse oficialmente o pato. No dia 31 de Maio de 2017, a mesma é aprovada e o pato se torna por meio da lei 27.368 esporte nacional argentino.
REGRAS
[editar | editar código-fonte]A quadra (ou "paddock") deve ser perfeitamente plana e coberta com cascalho ou grama. Suas dimensões são: comprimento entre 180 e 220 metros, largura entre 80 e 90. Os anéis, com diâmetro de um metro, estão localizados na linha de fundo, montados verticalmente em postes de 2,40 m. O regulamento estabelece que cada anel (ou "arco") deve ter uma rede de 1,40 m de profundidade.
O próprio "pato" é uma bola de couro, com câmara pneumática e seis alças; geralmente é branco. Seu diâmetro, de ponta a ponta, é de 40 cm. Seu peso máximo é de 1250 g.
Os cavalos utilizados no pato de competição são exemplares do chamado cavalo crioulo, de até 1,45m de altura.
Os oito corredores iniciam o jogo em posições pré-definidas. A equipe com o pato avança até a linha de chegada para lançar à cesta e assim marcar um gol.
Os jogadores de ambas as equipes podem pegar o pato quando ele está no chão, o que exige grande equitação e força física. Quem pegar o pato pode passá-lo para um parceiro ("tapa") ou seguir para o arco. Durante a corrida, algumas regras devem ser respeitadas para evitar acidentes e preservar a competitividade. Notavelmente, há a obrigação de segurar o pato com a mão direita e estender o braço direito; o pato é assim "oferecido" ao rival, que pode tentar agarrá-lo e roubá-lo por meio da "correia" (não "oferta" é a chamada ofensa "negada").
A circunferência é a marca registrada do pato e é emocionante. Dois cavaleiros montam a toda velocidade, cada um segurando o pato pela alça; com empurrões limpos, eles tentam agarrar o pato. Observe que o "oferta" sempre faz alças com a mão direita; a mão que não aperta deve segurar as rédeas. Durante o aperto, é proibido apoiar-se na cadeira. O pato requer um cavalo treinado e grande agilidade do cavaleiro para pegá-lo, prendê-lo, esbofeteá-lo e convertê-lo.
Referências
- ↑ Federación Argentina de Pato (2012). «Decreto N° 17.468». Archivado desde el original el 11 de noviembre de 2013. Consultado el 13 de junio de 2012.