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Kenneth Pomeranz

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Kenneth Pomeranz
Kenneth Pomeranz
Nascimento 4 de novembro de 1958
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
Ocupação Historiador
Professor
Distinções
Empregador(a) Universidade da Califórnia em Irvine, Universidade de Chicago
Escola/tradição História do comércio
Movimento estético California School

Kenneth Pomeranz, FBA (nascido em 4 de novembro de 1958) é professor universitário de história na Universidade de Chicago.[1] Após seu bacharelado na Universidade de Cornell em 1980, recebeu seu Ph.D. da Universidade de Yale em 1988, onde foi aluno de Jonathan Spence.[2] Ele então ensinou na Universidade da Califórnia, Irvine, por mais de 20 anos. Foi eleito membro da Academia Americana de Artes e Ciências em 2006.[3] Em 2013-2014, foi presidente da Associação Histórica Americana.

O principal conjunto de projetos de Pomeranz envolve temas como o estudo das influências recíprocas do Estado, da sociedade e da economia no final da China imperial e do século XX desenvolvidos em The Making of a Hinterland: State, Society and Economy inland North China, 1853-1937. Em grande escala, esse tema ainda foi desenvolvido em função de tentar entender as origens da economia mundial, como o resultado de influências mútuas entre as regiões, em vez da simples imposição de uma Europa mais "avançada" em relação ao resto do mundo. Tal projeto é delineado sobretudo em The Great Divergence: China, Europe, and the Making of the Modern World Economy, o livro combina história comparada econômica e ecológica para avaliar a importância dessas trajetórias de diferença social, política e cultural entre as regiões do mundo, isso com uma tentativa de repensar a importância (particularmente para a ecologia) das conexões entre regiões distintas do globo. O livro analisa a industrialização precoce no contexto de restrições ecológicas compartilhadas pela maioria das regiões mais densamente povoadas e comercialmente sofisticadas do mundo e a saída única desses problemas dados à Europa por seu acesso privilegiado ao Novo Mundo, como por quaisquer vantagens únicas e geradas internamente.[4][5]

Pomeranz discute avanços tecnológicos, tais como ferrovias, barcos a vapor, mineração e agricultura, que foram abraçados de uma forma mais profunda pelo Ocidente do que pelo Oriente durante o período histórico que chamou Grande Divergência. Desse modo, afirma que a tecnologia levou à industrialização e a uma crescente complexidade econômica em áreas como agricultura, comércio de combustível e recursos, separando o Oriente do Ocidente por certas características de aplicações tecnológicas. Particularmente, aponta como a utilização do carvão na Europa como um substituto energético para a madeira em meados do século XIX, deu ao continente uma vantagem importante na produção moderna de energia, embora a China tenha usado o carvão mais cedo durante as dinastias Song e Ming, posto que seu uso teria declinado devido à mudança da indústria chinesa para o sul, durante a destruição causada pelas invasões mongóis e jurchens entre os anos 1100 e 1400.[4][5]

Pomeranz acrescenta que o Ocidente também tinha a vantagem de possuir quantidades maiores de matérias-primas e uma considerável rede de mercado comercial. Por fim, a China e a Ásia em geral participaram do comércio, mas a colonização trouxe ainda vantagens particulares ao Ocidente.[4][5] Pomeranz, junto com John Hobson, Janet Abu-Lughod, entre outros, faz parte de uma escola sinofílica que tende a destacar muitas contribuições tecnológicas e científicas da Ásia para a civilização europeia, atenuando a percepção de que ela teria supostamente um déficit tão flagrante em relação à Europa Ocidental.[6]

Publicações selecionadas

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  • The great divergence: China, Europe, and the making of the modern world economy. Princeton University Press, 2000. John K. Fairbank Prize 2001. Joint winner, World History Association Best book of 2000.
  • The world that trade created: society, culture and the world economy, 1400 to the present. M. E. Sharpe: 1999.
  • The making of a hinterland: state, society and economy in inland north China, 1853-1937. University of California Press, 1993. John K. Fairbank Prize 1994.

Volumes editados

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  • The Pacific in the Age of Early Industrialization. Farnham England: Ashgate/Variorum, 2009.
  • com McNeill, J. R., (2015). The Cambridge world history: Production, destruction, and connection, 1750 to the present. 1. Cambridge: Cambridge University Press.
  • com Barker, G., Benjamin, C., Bentley, J. H., Christian, D., Goucher, C., Kedar, B. Z., Mcneill, J. R., Yoffee, N. (2015). The Cambridge world history: Structures, spaces, and boundary making. Cambridge: Cambridge University Press.
  • China in 2008: A year of great significance. (co-ed.). Lanham : Rowman & Littlefield Publishers, 2009.

Artigos e capítulos em volumes editados

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  • The environment and world history. (co-ed.) Berkeley : University of California Press, 2009.
  • “Orthopraxy, orthodoxy, and the goddess(es) of Taishan [examination of the Bixia yuanjun cult].” Modern China 33.1 (2007) 22–46.
  • “Region and world in economic history: the early modern / modern divide” Transactions of the International Conference of Eastern Studies 52 (2007) 41–55.
  • “Standards of living in eighteenth-century China: regional differences, temporal trends, and incomplete evidence” In: Allen, Robert C.; Bengtsson, Tommy; Dribe, Martin, eds. Living standards in the past: new perspectives on well-being in Asia and Europe. (Oxford; Nova York: Oxford University Press, 2005): 23–54.
  • “Women's work and the economics of respectability [boundaries]”: Goodman, Bryna; Larson, Wendy, eds. Gender in motion: divisions of labor and cultural change in late imperial and modern China (Lanham, Md.: Rowman and Littlefield, 2005): 239–263.
  • “Women's work, family, and economic development in Europe and East Asia: long-term trajectories and contemporary comparisons” In: Arrighi, Giovanni; Hamashita, Takeshi; Selden, Mark, eds. The resurgence of East Asia: 500, 150 and 50 year perspectives (Londres; Nova York: Routledge, 2003): 124–172.
  • “Facts are stubborn things: a response to Philip Huang” Journal of Asian Studies 62.1 (2003): 167–181.
  • “Political economy and ecology on the eve of industrialization: Europe, China, and the global conjuncture” American Historical Review 107.2 (2002) 425–446.
  • “Beyond the East-West binary: resituating development paths in the eighteenth-century world” Journal of Asian Studies 61.2 (2002) 539–590.
  • “Is there an East Asian development path? Long-term comparisons, constraints, and continuities” Journal of the Economic and Social History of the Orient 44, pt.3 (Aug 2001) 322–362.
  • “Re-thinking the late imperial Chinese economy: development, disaggregation and decline, circa 1730-1930” Itinerario 24.3-4 (2000) 29–74.
  • "Ritual Imitation and Political Identity in North China: The late Imperial Legacy and the Chinese National State Revisited," Twentieth Century China 23:1 Fall, 1997.
  • "Power, Gender and Pluralism in the cult of the Goddess of Taishan," in R. Bin Wong, Theodore Huters, and Pauline Yu, eds., Culture and State in Chinese History (Palo Alto, CA: Stanford University Press, 1997).
  • “"Traditional' Chinese business forms revisited: family, firm, and financing in the history of the Yutang Company of Jining, 1779-1956.” Late Imperial China 18.1 (June 1997): 1-38.
  • “Local interest story: political power and regional differences in the Shandong capital market, 1900-1937”: Rawski, Thomas G.; Li, Lillian M., eds. Chinese history in economic perspective (Berkeley: University of California Press, 1992) 295–318.
  • "Water to Iron, Widows to Warlords: the Handam Rain Shrine in Modern Chinese History," Late Imperial China 12.1 (1991) 62–99.
  • Prêmio John King Fairbank de 1994 de melhor livro de História do Leste Asiático.[7]
  • John Simon Guggenheim Memorial Foundation Fellowship de 1997.[8]
  • World History Association Book Prize de 2001.[9]
  • Prêmio John K. Fairbank de melhor livro de História do Leste Asiático em 2001.[10]
  • Fellow no Instituto de Estudos Avançados de Princeton de 2011-12.
  • Prêmio Dan David de 2019.[11]
  • Eleito Membro Correspondente da Academia Britânica (FBA), em 2017.[12]

Referências

Ligações Externas

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