Eletronuclear
Eletronuclear | |
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Razão social | Eletronuclear S.A. |
Sociedade de economia mista | |
Atividade | Energia Elétrica |
Fundação | 1997 (27 anos) |
Sede | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil |
Proprietário(s) | ENBPar (64,10%) Eletrobras (35,90%) |
Pessoas-chave | Raul Lycurgo Leite |
Empregados | 2594 |
Produtos | Energia nuclear |
Website oficial | www.eletronuclear.gov.br |
A Eletronuclear foi criada em 1997 com a finalidade de operar e construir usinas termonucleares no Brasil. Subsidiária da ENBPar, é uma empresa de economia mista e responde pela geração de aproximadamente.
História
[editar | editar código-fonte]Foi criada em 1997 a partir da fusão da Nuclen - Nuclebrás Engenharia S/A[1] com a Diretoria Nuclear de Furnas, como uma subsidiária da Eletrobras, sendo uma empresa de economia mista. O capital social da Eletrobras Eletronuclear totalizava, em 31 de dezembro de 2008, R$ 3,3 bilhões com cerca 78% de ações ordinárias e 22% de ações preferenciais, sendo o acionista majoritário a Eletrobras, detentora de 99,81% do total das ações. Conta atualmente com cerca de 1.800 empregados.
Em setembro de 2021, foi criada a ENBPar, com o objetivo de assumir as atividades da Eletrobras em empresas que não podem ser privatizadas, como as empresas Itaipu Binacional e Eletronuclear (Usinas Angra 1, 2 e 3) e a gestão de políticas públicas, nos termos da lei 14.182/2021.[2]
Após a privatização da Eletrobras, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. (ENBpar) aportou R$ 3,5 bilhões na Eletronuclear, o que reduziu a participação da Eletrobras para 35,9% do capital votante da Eletronuclear.[3][4]
Atuação
[editar | editar código-fonte]Tem por finalidade projetar, construir e operar usinas nucleares. Atualmente opera a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto localizada em Angra dos Reis, com capacidade total de 2007 MW. Dentre os projetos da empresa destaca-se a construção de Angra 3, que tem entrada em operação prevista para 2018, o que aumentará a capacidade instalada em 1405MW. Segundo o Plano Nacional de Energia 2030 elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética, a Eletrobras Eletronuclear deverá construir mais 4 usinas até o ano de 2030. Em 2008 a Eletrobras Eletronuclear alcançou o montante de 14.003.775 MWh de energia bruta gerada, o que a coloca como a maior geradora térmica do país.
Geração de energia
[editar | editar código-fonte]Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto |
Parte da série sobre o |
Programa nuclear brasileiro |
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Administração |
Correlatos |
- Usina Nuclear Angra 1, 657 MW - Rio de Janeiro
- Usina Nuclear Angra 2, 1350 MW - Rio de Janeiro
- Usina Nuclear Angra 3, 1405 MW - Rio de Janeiro (em construção, conclusão: 2026)
Polêmicas
[editar | editar código-fonte]A Eletronuclar foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), batizada de "Radioatividade". De acordo com a PF, entre os fatos investigados, são objeto de apuração nesta fase a formação de cartel e o prévio ajustamento de licitações nas obras de Angra 3, e o pagamento de propinas a empregados da estatal.[5] O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva (atualmente ex-presidente), foi alvo da Operação Lava Jato, preso pela Polícia Federal e levado para Curitiba. Em 27 de agosto de 2015, Othon foi indiciado pela PF.[6] Segundo o Ministério Público Federal, um dos alvos da operação, Ana Cristina Toniolo, filha do ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, guardava 15,5 milhões de francos suíços (o equivalente a R$ 87,5 milhões) em contas na Suíça abastecidas com propina, dinheiro apreendido em 2015 pelos procuradores suíços.[7] A Operação Fiat Lux, que investiga propina estatal, investiga também ex-ministro de Minas e Energia no governo Lula, Silas Rondeau.[8]
A indicação do advogado Raul Lycurgo Leite para a presidência da estatal em 2023 por Alexandre Silveira, então Ministro de Minas e Energia do 3° mandato do Presidente Lula, causou polêmica e foi criticada por deputados federais que afirmaram que o mesmo não teria experiência no setor nuclear.[9]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ A Nuclen era subsidiária da Eletrobras desde a extinção da Nuclebrás
- ↑ Braziliense', 'Correio (13 de setembro de 2021). «Decreto cria estatal para assumir Eletronuclear e Itaipu após venda da Eletrobras». Economia. Consultado em 18 de junho de 2022
- ↑ «ABEN • Associação Brasileira de Energia Nuclear • Eletronuclear: aporte bilionário da ENBPar reduz participação da Eletrobras na empresa». ABEN. 22 de junho de 2022. Consultado em 14 de novembro de 2022
- ↑ «ELETRONUCLEAR S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras intermediárias condensadas do período findo em 30 de junho de 2022» (PDF)
- ↑ «Presidente licenciado da Eletronuclear é preso em nova etapa da Lava Jato». uol economia. 28 de julho de 2015. Consultado em 19 de setembro de 2015
- ↑ «PF indicia ex-diretor da Eletronuclear preso na 16ª fase da Lava Jato». G1 Parana. 27 de agosto de 2015. Consultado em 19 de setembro de 2015
- ↑ Renan Ramalho. «Filha de Othon Pinheiro guardava R$ 87 milhões na Suíça». O Antagonista. Consultado em 26 de junho de 2020
- ↑ «Ex-ministro Silas Rondeau é alvo de operação da PF sobre possíveis fraudes na Eletronuclear». Valor Ecônomico. Globo. 25 de junho de 2020. Consultado em 26 de junho de 2020