Collonges-la-Rouge
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Comuna francesa | |||
Povoação de Collonges-la-Rouge | |||
Símbolos | |||
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Localização | |||
Localização de Collonges-la-Rouge na França | |||
Coordenadas | 45° 03′ 40″ N, 1° 39′ 18″ L | ||
País | França | ||
Região | Nova Aquitânia | ||
Departamento | Corrèze | ||
Características geográficas | |||
Área total | 14,31 km² | ||
População total (2018) [1] | 502 hab. | ||
Densidade | 35,1 hab./km² | ||
Código Postal | 19500 | ||
Código INSEE | 19057 |
Collonges-la-Rouge (Colonjas em Occitano) é uma comuna francesa limusinense (de Limousin) na região administrativa da Nova Aquitânia, no departamento de Corrèze. Estende-se por uma área de 14,31 km². Em 2010 a comuna tinha 502 habitantes (densidade: 35,1 hab./km²).[1] A valorização do seu património beneficia o município que faz com que tenham 420 ha de monumento histórico classificado e 189 ha incluídos no Inventário Suplementar de Monumentos Históricos.[2]
Pertence à rede de As mais belas aldeias de França.
Geografia
[editar | editar código-fonte]Localização
[editar | editar código-fonte]A localidade está situada a 19 km ao sudeste de Brive, na orla dos planaltos limusinos a Norte (a uma altitude de cerca de 500 m), num planalto de calcário 500 metros mais baixo, em frente do Quercy a uma distância de 4 km a sul. Está localizada no Causse Corrézien, no extremo setentrional do Causse de Martel.
Geologia
[editar | editar código-fonte]A povoação está construída em grés vermelho do Puy de Valège, que culmina a 450 m da aldeia. Está instalada na primeira camada de calcário de Quercy e Perigord depositada pelo mar do Jurássico [3].
No Triássico a região situava-se na latitude do Sahara actual, o que originou oxidação de minerais ferrosos do grés na forma de hematite, devido ao clima tropical quente e seco e do teor de óxido de ferro nesta rocha (2,2% para o de Collonges, donde os tons de grená e borra de vinho enquanto o dos Vosges é cor de rosa e o de Brive é branco e com tonalidades de amarelo e borras de vinho).[4]. Um circuito para passeio de dupla utilização (automóvel e pedestre) foi criado em 2010 para valorização turística e educacional da composição geológica local. Inclui cinco estações com painéis de texto interpretativo ilustrados (penhasco Sinemuriano com calcário elevado a mais 50 metros num lugar chamado a garganta da Croix du Buis, dobra sinclinal “em joelho" na estação 5). Este património geológico também é valorizado no centro da localidade de Noailhac numa sala de exposição sobre a geologia, o '’Espaço de Descoberta da Failha de Meyssac e da Pedra" inaugurado em 30 de maio 2015[5].
Situação
[editar | editar código-fonte]A falha geológica originou uma clara dissociação entre as paisagens, com variações em termos de vegetação, práticas agrícolas e morfologia. Os solos de grés (grés e argila vermelha) do planalto cristalino a norte são ocupados por matas de castanheiros ou matas mistas (carvalhos-castanheiros), charnecas (urzes, samambaias de águia, giestas e tojo), os seus lados com pomares ou vinhedos: as charnecas de solo ácido foram divididas, cercadas de paredes de pedra seca e lavrados para dar terras cultivadas. Este panorama verdejante contrasta com o sul, onde solos calcários suficientemente profundos têm no topo do planalto bosques de carvalhos [6].
O local da freguesia é assim dominado a norte pelas colinas de Puy Valège (404 m de altitude). Para o oeste, o horizonte fecha-se na colina de Puy de Vésy (planalto de calcário com grés a 298 m de altura). Abaixo ao sul, dois morros arredondados em ambos os lados da aldeia de Treuil cercam o local. A leste, o território protegido termina no vale Meyssac caracterizado por uma longa saliência de calcário orientada norte-sul (175 m de altitude)[7].
História
[editar | editar código-fonte]Os monges da Abadia de Charroux fundaram um priorado no século VIII que atraiu uma população de camponeses, artesãos e comerciantes que viviam e prosperavam em torno de suas muralhas fortificadas. O acolhimento de peregrinos para Compostela através Rocamadour foi uma fonte duradoura de lucro. Em 1308, o visconde de Turenne concedeu à aldeia o direito à alta, média e baixa jurisdição, permitindo-lhe governar o nascimento de linhagens de promotores, advogados e notários. O recinto depressa se tornou pequeno demais para conter toda a população e os arrabaldes foram criados. Após as guerras religiosas francesas, a reconstrução da fortuna da nobreza coincidiu com a ascensão do poder do visconde[8].
Depois da venda do viscondado à Coroa de França em 1738 – que acabou com os privilégios fiscais – e depois da Revolução Francesa, que causou a destruição dos edifícios do priorado, a povoação retomou uma prosperidade de curta duração no início do século XIX, mas mais tarde a sua população diminuiu lentamente e a localidade ficou uma espécie de pedreira. No início do século XX, alguns aldeões criaram a associação Les Amis de Collonges (Os Amigos de Collonges) e obtiveram a classificação de toda a aldeia como monumento histórico em 1942[9].
Referências
- ↑ a b «Populations légales 2018. Recensement de la population Régions, départements, arrondissements, cantons et communes». www.insee.fr (em francês). INSEE. 28 de dezembro de 2020. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ DREAL du Limousin, Les sites remarquables du Limousin, t. 3, Les Ardents éditeurs, 2017, p. 251.
- ↑ La faille de MeyssacLes principales formations géologiques autour de Brive. Académie de Limoges, sur futura-sciences.com
- ↑ DREAL du Limousin, Les sites remarquables du Limousin, tomo 3, editor Les Ardents éditeurs,2017, 252
- ↑ http://noailhacpatrimoine.fr/notre-patrimoine/geologie, “Géologie à Noailhac”, consultado 11 de abril de 2019
- ↑ DREAL du Limousin, Les sites remarquables du Limousin, t. 3, Les Ardents éditeurs, 2017, p. 253
- ↑ DREAL du Limousin, Les sites remarquables du Limousin, t. 3, Les Ardents éditeurs, 2017, p. 252
- ↑ Thibaut Fauvergue, "Le vin en Corrèze", periódico Vie corrézienne, 23 de junho de 2017, número 3778, p. 11}}
- ↑ Création de l'association