Carlito (futebolista)
Informações pessoais | ||
---|---|---|
Nome completo | Carlos Domingues Viana | |
Data de nascimento | 24 de setembro de 1927 | |
Local de nascimento | Salvador, Bahia, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Data da morte | 10 de setembro de 1980 (52 anos) | |
Local da morte | Salvador, Bahia, Brasil | |
Apelido | Carlito | |
Informações profissionais | ||
Posição | centroavante | |
Clubes de juventude | ||
1940–1946 | Bahia | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1946–1961 | Bahia | 378 (233) |
Carlos Domingues Viana, ou simplesmente Carlito, (Salvador, 24 de setembro de 1927) foi um futebolista brasileiro que atuou como atacante.
Carreira
[editar | editar código-fonte]Revelado pelo Bahia (único clube o qual defendeu em toda sua carreira, de 1946 a 1959), o maior artilheiro do Tricolor[1] nasceu no dia 24 de setembro de 1927 em Salvador e participou do primeiro título nacional da equipe baiana, o Campeonato Brasileiro de 1959
O maior goleador da história do Bahia tinha como principais características o fato de ser um atacante rompedor, raçudo, exímio cabeceador e ter um excelente poder de finalização.[2]
Além de ser o maior artilheiro do clube, Carlito também se destacou nos confrontos com o seu principal rival, o Vitória, tendo marcado 21 gols, número que o tornou o maior artilheiro do Bahia em Ba-Vis, sendo superado apenas por Juvenal, atacante do Vitória nas décadas de 1940 e 1950.
Em sua fase áurea no time tricolor baiano, o atacante recebeu uma proposta para defender o Flamengo, mas acabou dissuadido pela noiva na época, que recusou-se a mudar com ele para o Rio, razão pela qual ele preferiu continuar no Bahia.[3]
Ao final de sua carreira, já com 32 anos de idade, Carlito cedeu a camisa 9 do Bahia para outro lendário centroavante tricolor, Léo Briglia.[2]
Maior artilheiro do clube de todos os tempos, o atacante Carlito faleceu no dia 18 de junho de 1980, em sua casa, no bairro do Uruguai, situado na Cidade Baixa, em Salvador, aos 52 anos.[2]
Mestre em se posicionar na área, ele tinha como sua arma fatal o cabeceio. Fez boa parte dos seus 233 gols pelo Bahia dessa maneira. De 27 de julho de 1949, quando estreou pelo Bahia marcando duas vezes na goleada de 6 a 1 sobre o Botafogo (BA), até 29 de junho 1961, quando encerrou sua carreira num amistoso contra o Fluminense (BA), Carlito fez 378 jogos pelo Tricolor.[2]
Apesar de não ter atuado durante a campanha do título da Taça Brasil de 1959, Carlito fazia parte do elenco e estava no banco de reservas na grande final. Pelo Esquadrão, além do título nacional, conquistou ainda o Baianão por oito vezes (49, 50, 52, 54, 56, 58-60) e carrega também no currículo a artilharia por um único time no clássico Ba-Vi, com 23 gols.
Foram muitas façanhas, mas o soteropolitano Carlos Domingues Viana tinha como seu momento favorito, em 12 temporadas no Bahia, a excursão que fez com o clube para a Europa, em 1957, quando fez 15 gols em 29 partidas.[2]
Após se aposentar do futebol, apenas com 32 anos, seguiu carreira no serviço público como funcionário da Petrobrás. Foi sepultado no Campo Santo, com a bandeira Tricolor sobre seu corpo e seu enterro foi acompanhado por centenas de torcedores, segundo descrição do Correio da Bahia de 19/06/1980.[2]
*Por meio do projeto Memória de Aço, o Bahia documentou todos os mais de 5000 jogos de sua história, cadastrando as fichas técnicas dessas partidas e construindo um banco de dados que em breve estará disponível para os torcedores. Na recontagem dos tentos, Carlito tem agora 233 gols, e não mais 253, como contava na lista oficial de artilheiros no site do clube.[2]
Momento marcante
[editar | editar código-fonte]Uma das passagens mais interessantes da história do jogador ocorreu em uma partida contra o Botafogo. Na ocasião, após perder um gol feito, o artilheiro saiu dando risada. No intervalo, o técnico o repreendeu e falou que ele não poderia rir após perder um gol daqueles. Carlito não falou nada, apenas voltou para o jogo. No segundo tempo Carlito viria a marcar um golaço, na comemoração o jogador saiu andando sério, sem falar nada para ninguém até chegar ao técnico. Então, o centroavante olhou para o seu treinador e disse “Como é, agora eu posso rir?”.
Títulos
[editar | editar código-fonte]- Bahia
- Campeonato Baiano: 1947; 1948; 1949; 1950; 1952; 1954; 1956; 1958; 1959
- Torneio Início da Bahia: 1951
- Campeonato Brasileiro: 1959
Artilharia
[editar | editar código-fonte]- Bahia
- Campeonato Baiano: 1951 (16 gols)
Em 1952, 1954 e 1958 não foram dados prêmios de Artilharia no Campeonato Baiano.
Referências
- ↑ «Esporte Clube Bahia». www.esporteclubebahia.com.br. Consultado em 31 de julho de 2012
- ↑ a b c d e f g «Saudade, Carlito». Notícias Esporte Clube Bahia. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «Carlito - Futebol - UOL Esporte». esporte.uol.com.br. Consultado em 31 de julho de 2012