Chichi ariki
父ありき Chichi ariki | |
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Havia um Pai (PRT) Era uma vez um Pai (BRA) | |
Os atores Chishū Ryū e Haruhiko Tsuda em Chichi ariki | |
Japão 1942 • preto-e-branco • 94 min | |
Direção | Yasujirō Ozu |
Roteiro | Yasujirō Ozu Tadao Ikeda Takao Anai |
Elenco | Mitsuko Mito Chishū Ryū Shin Saburi |
Cinematografia | Yushun Atsuta |
Distribuição | Shochiku |
Lançamento |
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Idioma | japonês |
Chichi ariki (父ありき chichi ariki?, lit. "há um pai") (Brasil: Era uma vez um Pai/Portugal: Havia um Pai)[1][2] é um filme japonês de 1942 dirigido por Yasujirō Ozu.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Shuhei Horikawa (Chishū Ryū) trabalha como professor de matemática em uma escola fundamental. Viúvo, ele tem um filho de dez anos chamado Ryohei (Haruhiko Tsuda), que estuda na mesma escola. Certo dia, enquanto levava sua turma para uma excursão, um de seus alunos se afoga depois de fugir com um outro colega para uma viagem secreta de barco. Shuhei se culpa pelo acidente e abandona o emprego de professor por remorso.
Shuhei matricula seu filho em uma escola secundária na cidade de Ueda, Nagano, onde Ryohei estuda num internato, e vai trabalhar em Tóquio para financiar a educação de seu filho.
Os anos passam e Ryohei (Shūji Sano) já com 25 anos, termina a faculdade e arruma um emprego como professor em Akita. Shuhei agora trabalha como balconista em uma fábrica têxtil de Tóquio e os dois se encontram ocasionalmente. Ryohei pensa em deixar seu emprego de professor para se juntar a seu pai em Tóquio, mas Shuhei o repreende por não cumprir a suas obrigações no trabalho. Ryohei tira férias de dez dias para se juntar ao pai. Junto com o diretor aposentado Makoto Hirata (Takeshi Sakamoto), Shuhei participa de uma reunião com seus ex-alunos e o grupo relembra seus tempos de escola. Quando Shuhei volta para casa, sofre um ataque cardíaco e é internado no hospital. Pedindo à filha de Hirata, Fumiko (Mitsuko Mito) para cuidar de seu filho, ele morre logo depois. A cena final mostra Ryohei e sua nova esposa Fumiko retornando para Akita, com uma urna contendo as cinzas de seu pai no bagageiro; os dois concordam em morar juntos com o irmão mais novo de Fumiko.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Chishū Ryū como Shuhei
- Shūji Sano como Ryohei (quando adulto)
- Haruhiko Tsuda como Ryohei (quando criança)
- Shin Saburi como Yasutaro Kurokawa
- Takeshi Sakamoto como Makoto Hirata
- Mitsuko Mito como Fumi
- Shinichi Himori como Minoru Uchida
- Kōji Mitsui como ex-aluno
Produção
[editar | editar código-fonte]Yasujirō Ozu escreveu o primeiro rascunho de Chichi ariki antes de sua viagem à China em 1937. Ao retornar ao Japão, reescreveu-o sentindo que “ainda poderia ser melhorado”.[3]
Lançamento
[editar | editar código-fonte]Chichi ariki foi lançado em 1º de abril de 1942.[4] Em 2023, cenas representando poesia e música patrióticas que haviam sido cortadas de suas únicas cópias existentes pelos censores da ocupação na aliada no Japão[5] foram restauradas para apresentação do filme no Festival de Cinema de Veneza.[6]
Recepção
[editar | editar código-fonte]Chichi ariki ficou em segundo lugar numa pesquisa anual da Kinema Junpo, intitulada de Dez Melhores Filmes do Japão.[5] Atualmente, o longa possui uma classificação de 100% no Rotten Tomatoes.[7] Trevor Johnston, da Time Out, elogiou o desempenho de Ryu, argumentando que a "subestimação estoica do ator oferece uma atuação comovente para sempre".[8] Richard Brody, do The New Yorker, escreveu: "Em nuances arrepiantes como a dor silenciosa de Shuhei, sua rígida deferência à autoridade, sua alegre antecipação do serviço militar de Ryohei e as lições serenas de Ryohei sobre o poder destrutivo da dinamite, Ozu revela uma sociedade caminhando cegamente em direção a um abismo e destruindo seu futuro em nome do passado."[9]
Mídia doméstica
[editar | editar código-fonte]Chichi ariki foi lançado em DVD junto com outro filme de Ozu, Hitori musuko, pela The Criterion Collection em 13 de julho de 2010.[10]
Em 2011, o BFI lançou Higanbana em DVD para a Região 2, com Chichi ariki sendo um filme bônus embutido no disco.[11]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Era Uma Vez Um Pai (1942) (BRA)». Cineplayers. 27 de novembro de 2018. Consultado em 24 de setembro de 2023
- ↑ «Havia um Pai (POR)». Cine.cartaz. Consultado em 24 de setembro de 2023
- ↑ RICHIE, Donald (1977). Ozu. [S.l.]: University of California Press. p. 229. ISBN 0-520-03277-2
- ↑ RICHIE, Donald (1977). Ozu. [S.l.]: University of California Press. p. 228. ISBN 0-520-03277-2
- ↑ a b Rayns, Tony (13 de julho de 2010). «There Was a Father:Duty Calls». The Criterion Collection. Consultado em 19 de dezembro de 2010. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2023
- ↑ «小津安二郎監督の検閲受け一部カットされた作品を復元 上映へ» [O filme parcialmente cortado do diretor Yasujiro Ozu devido à censura será restaurado e exibido]. NHK (em japonês). NHK. 22 de julho de 2023. Consultado em 24 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 23 de agosto de 2023
- ↑ «There Was a Father (1942)». Rotten Tomatoes. Consultado em 30 de janeiro de 2017. Cópia arquivada em 17 de abril de 2023
- ↑ Johnston, Trevor (10 de setembro de 2012). «There Was a Father». Time Out. Consultado em 30 de janeiro de 2017. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2023
- ↑ Brody, Richard. «There Was a Father». The New Yorker. Consultado em 30 de janeiro de 2017. Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2017
- ↑ «The Only Son/There Was a Father [Criterion Collection] [2 Discs]». Allmovie. Consultado em 19 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 9 de julho de 2012
- ↑ «Equinox Flower + There was a Father (Dual Format Edition)». bfi.org.uk. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2020
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Richie, Donald (1977). Ozu. [S.l.]: University of California Press. ISBN 0-520-03277-2. Consultado em 19 de dezembro de 2010
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Chichi ariki. no IMDb.
- There Was a Father: Duty Calls um ensaio de Tony Rayns da Criterion Collection