Tubarão (filme)

filme de 1975 realizado por Steven Spielberg
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Jaws (bra/prt: Tubarão)[2][3] é um filme de suspense estadunidense de 1975, dirigido por Steven Spielberg, baseado no livro homônimo de Peter Benchley, coautor do roteiro ao lado de um dos atores do filme, Carl Gottlieb.

Tubarão
Jaws
Tubarão (filme)
Cartaz do filme, desenhado por Roger Kastel
 Estados Unidos
1975 •  cor •  124 min 
Gênero aventura
drama
suspense
horror
Direção Steven Spielberg
Produção Richard D. Zanuck
David Brown
Roteiro Peter Benchley
Carl Gottlieb
Baseado em Jaws, de Peter Benchley
Elenco Roy Scheider
Robert Shaw
Richard Dreyfuss
Lorraine Gary
Murray Hamilton
Música John Williams
Cinematografia Bill Butler
Edição Verna Fields
Companhia(s) produtora(s) Zanuck/Brown Productions
Distribuição Universal Pictures
Lançamento Estados Unidos 20 de junho de 1975
Brasil 25 de dezembro de 1975[1]
Portugal 25 de março de 1977
Idioma inglês
Orçamento US$ 9.000.000 [carece de fontes?]
Receita US$ 470.653.000[2]
Cronologia
Jaws 2 (1978)

Na trama, um grande tubarão-branco ameaça banhistas nas praias da fictícia Amity Island, na Nova Inglaterra, levando o chefe de polícia local (Roy Scheider) a caçá-lo com a ajuda de um biólogo marinho (Richard Dreyfuss) e um caçador de tubarões profissional (Robert Shaw). O filme foi distribuído pela Universal Pictures.

Filmado em sua maior parte em Martha's Vineyard, Massachusetts, o filme teve uma produção complicada, estourando o orçamento inicial de US$ 4 milhões até chegar a US$9 milhões, sofrendo muitos atrasos e enfrentando problemas com o tubarão mecânico, o que levou muitas cenas a apenas sugerir a presença do predador empregando um tema musical ameaçador e minimalista criado pelo compositor John Williams.[4]

Jaws foi lançado nos Estados Unidos em 20 de junho de 1975, acompanhado de grande campanha publicitária da Universal Pictures, tornando-se um grande sucesso de crítica e comercial, conseguindo o que foi à época o maior faturamento da história com um pouco mais de 470 milhões de dólares[2] e a maior bilheteria de todos os tempos até o lançamento de Star Wars (1977), sendo juntamente com esse o iniciador da era dos filmes arrasa-quarteirão (blockbuster).[2]

O longa também ganhou vários prêmios por sua trilha sonora e edição, incluindo três Óscars (recebendo ainda uma indicação na categoria de Melhor Filme). O filme originou três sequências, nenhuma com a participação de Spielberg ou Benchley: Tubarão II (1978), Tubarão III (1983) e Tubarão IV - A Vingança (1987).

Enredo

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Uma festa na praia ocorre ao anoitecer na Ilha Amity, onde uma mulher chamada Chrissie Watkins (Susan Backlinie) vai nadar no oceano. Enquanto nada, a jovem é violentamente puxada para o fundo do mar. No dia seguinte, alguns de seus restos mortais são encontrados na areia da praia. Um examinador conclui que a morte da garota foi causada por um ataque de tubarão e recomenda que o chefe de polícia da cidade Martin Brody (Roy Scheider) interdite as praias. Todavia, o prefeito Larry Vaughn (Murray Hamilton) impede isso, temendo assustar os turistas e afetar a economia da pequena cidade. O legista passa a concordar, sob influência do prefeito, de que a moça foi morta em um acidente de barco. Brody aceita relutantemente esta conclusão até outro ataque fatal de tubarão ocorrer pouco depois. Uma recompensa é então oferecida a aquele que conseguir capturar o animal, o que origina muitas buscas amadoras ao tubarão. O caçador de tubarões profissional local Quint (Robert Shaw) oferece seus serviços por US$ 10.000. Enquanto isso, o oceanógrafo Matt Hooper (Richard Dreyfuss) examina os restos de Watkins e confirma que a mulher foi realmente atacada por um tubarão.

 
Banner de boas vindas da cidade de Amity Island a qual foi adicionado um aviso de interdição das praias idêntico ao apresentado no filme. Foto tirada no Universal Studios Hollywood.

Os pescadores locais capturam um tubarão-tigre médio, levando o prefeito a proclamar as praias seguras. Hooper duvida que o animal capturado possa ser o mesmo predador que atacara Chrissie, suposição essa confirmada depois que nenhum resíduo humano é encontrado dentro dele. Hooper e Brody encontram um navio parcialmente afundado ao procurar o verdadeiro animal, e Hooper encontra um grande dente de tubarão branco embutido no casco submerso, mas acidentalmente perde-o após se assustar com o cadáver do dono da embarcação. No dia seguinte, Vaughn não crê nas afirmações de Brody e Hooper de que o tubarão ainda está à solta e se recusa a fechar as praias, permitindo apenas precauções adicionais de segurança. No fim de semana do feriado de 4 de julho, os turistas enchem as praias. Após uma brincadeira juvenil, o verdadeiro tubarão entra em um estuário nas proximidades, matando um velejador e fazendo com que o filho de Brody, Michael, entre em choque. O policial Brody finalmente convence o prefeito Vaughn de que o ainda existe perigo no mar de Amity. O caçador Quint é recrutado pelo prefeito a caça ao ameaçador tubarão.

Quint, Brody e Hooper partem no barco do caçador, o Orca, para capturarem o tubarão. Enquanto Brody joga uma trilha de peixes frescos pelo mar afim de atrair o predador, o animal surge repentinamente. Quint arpoa o tubarão o amarrando a um barril, mas o predador arrasta o barril para debaixo d'água e desaparece.

Ao anoitecer, quando Quint conta sobre como presenciou durante a Segunda Guerra Mundial tubarões atacarem os sobreviventes do navio USS Indianapolis, o grande animal retorna inesperadamente, e empurra o casco do barco, quebrando o motor; os homens trabalham durante a noite para consertá-lo. De manhã, Brody tenta chamar a guarda costeira, mas Quint danifica o rádio propositadamente por conta de sua obsessão de conseguir a captura e a recompensa sozinho. Depois de uma perseguição longa, Quint arpeia outro barril no tubarão. A linha está amarrada à popa, mas o tubarão arrasta o barco para trás, inundando o convés e o compartimento do motor, forçando Quint a cortar a linha para impedir que o barco seja completamente danificado. Os homens então dirigem-se para a costa, com a intenção de atrair o tubarão para águas mais rasas e pegá-lo, mas o motor do barco apresenta muitas falhas até não funcionar mais.

Com o barco lentamente afundando, o trio tenta uma abordagem mais arriscada: Hooper coloca seu equipamento de mergulho e entra na água dentro de uma gaiola à prova de tubarões com a intenção de injetar letalmente o animal com estricnina. Contudo, o grande tubarão consegue destruir a gaiola antes que Hooper possa injetar a substância, com Hooper escapando para o fundo do mar. O tubarão então ataca o barco diretamente, matando Quint. Preso no navio afundando, Brody consegue colocar um tanque de mergulho na boca do tubarão e, subindo no mastro, usa o rifle de Quint para atirar no cilindro, explodindo-o e matando o tubarão. Hooper ressurge são e salvo e ele e Brody nadam de volta para Amity Island se agarrando aos destroços do Orca.

Elenco

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  • Roy Scheider.... Martin Brody
  • Robert Shaw.... Quint
  • Richard Dreyfuss.... Matt Hooper
  • Lorraine Gary.... Ellen Brody
  • Murray Hamilton.... Larry Vaugh
  • Carl Gottlieb.... Meadows
  • Jeffrey Kramer.... Hendricks
  • Susan Backlinie.... Chrissie Watkins
  • Chris Rebello.... Michael Brody
  • Jay Mello.... Sean Brody
  • Jeffrey Voorhess.... Alex Kintner
  • Steven Spielberg.... voz do rádio

Produção

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Desenvolvimento

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A vila de pescadores de Menemsha, Martha's Vineyard, Massachusetts, foi a principal locação do filme.[5]

Richard D. Zanuck e David Brown, produtores da Universal Pictures, ouviram críticas positivas sobre o romance Jaws, de Peter Benchley. Brown pesquisou na seção de literatura da revista Cosmopolitan, editada por sua esposa Helen Gurley Brown à época. Um pequeno cartão escrito pelo editor-chefe detalhava o enredo do romance, concluindo com o comentário "poderia ser um bom filme".[6][7] Os produtores leram o livro ao longo de uma noite inteira e concordaram em realizar um filme baseado no "material mais excitante que já haviam lido", apesar de incertos sobre como o projeto se tornaria realidade.[8] Em 1973, a dupla adquiriu os direitos de produção, antes mesmo da publicação do livro, por aproximadamente 157 mil dólares.[9] Brown afirmou que se tivesse lido o livro mais uma vez, não realizaria o filme dada a dificuldade de adaptação do roteiro em certas sequências.[10]

Zanuck e Brown consideraram primeiramente John Sturges para assumir a direção do filme. O diretor já havia realizado um filme com enredo sobre aventuras marítimas, The Old Man and the Sea. Posteriormente, a dupla ofereceu o cargo a Dick Richards, que havia tido sua estreia como diretor no ano anterior com The Culpepper Cattle Co..[11] Contudo, ambos se irritaram com a insistência de Richards em descrever o tubarão como uma baleia e o dispensaram do projeto. Enquanto isso, Steven Spielberg expressou sua intenção em assumir a direção. Então com 26 anos de idade, Spielberg havia acabado de dirigir The Sugarland Express, com a produção de Zanuck e Brown. Durante uma reunião no escritório da dupla, Spielberg notou as anotações sobre o romance de Benchley e ficou fascinado com o enredo.[9] Posteriormente, observou que era muito similar com seu filme televisivo Duel, na parte em que "leviatãs devoram todos os homens".[9] Em junho de 1973, após a saída de Richards, os produtores contrataram Spielberg.

Antes do início da produção, contudo, Spielberg, ficou relutante em permanecer no projeto. O diretor temia tornar-se estereotipado com "produções de caminhão e tubarão".[12] Spielberg considerou colaborar em Lucky Lady, da 20th Century Fox, mas a Universal usou o contrato para impedi-lo de deixar a companhia. Ao mesmo tempo, Brown convenceu-o a ficar no projeto, afirmando que "após este, você pode fazer o que quiser".[13] O filme recebeu orçamento de 3.5 milhões de dólares e um calendário de filmagens de 55 dias. A filmagem principal foi agendada para início em maio de 1974. A Universal também estipulou a conclusão da fase de filmagem no fim de junho do mesmo ano, quando se encerraria seu contrato com a Screen Actors Guild.[14] Porém contínuos problemas da produção acabariam fazendo as filmagens durarem 159 dias ao custo de US$9 milhões.[15]

Seleção de elenco

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Roy Scheider interpreta o protagonista Martin Brody.

Apesar de concordar com a exigência de Zanuck e Brown de contratar atores conhecidos pelo grande público, Spielberg evitou trazer estrelas para a produção.[8] O diretor acreditava que "alguns anônimos" ajudariam o público a "acreditar que isto poderia ocorrer com pessoas comuns", ao mesmo passo em que "estrelas trazem uma centena de memórias consigo, e estas podem eventualmente... corromper a história".[12] O diretor acrescentou que, em seus planos, "a superestrela seria o tubarão". Os primeiros atores contratados foram Lorraine Gary, esposa do então presidente da Universal, Sid Sheinerg,[12] e Murray Hamilton.[16] Susan Backlinie, uma ex-dublê, foi selecionada para interpretar a primeira vítima do filme, já que sabia nadar e desejava interpretar uma cena de nudez. Os papéis de menor destaque foram interpretados pelos próprios moradores de Martha's Vineyard, onde o filme foi rodado. Um exemplo foi o morador Hendricks, interpretado pelo futuro produtor televisivo Jeffrey Kramer.[17]

O ator Robert Duvall recebeu uma proposta para interpretar o protagonista Martin Brody, mas se interessou em ficar com o papel secundário do caçador de peixes Quint.[18] Charlton Heston também expressou sua intenção pelo papel, mas Spielberg considerou-o muito consagrado artisticamente para viver um simples chefe de polícia local.[18] Roy Scheider se interessou pelo projeto após ouvir Spielberg conversar com um roteirista em uma festa sobre uma cena em que o tubarão pula no barco.[18] À princípio, Spielberg não quis contratar Scheider, temendo que este fosse interpretar "um garoto bobo", como em The French Connection.[18]

Dias antes do início da produção, não haviam sido contratados os atores para Hooper e Quint.[19] O papel de Quint foi ofereço inicialmente aos atores Lee Marvin e Sterling Hayden, que rejeitaram. Zanuck e Brown haviam trabalhado com Robert Shaw em The Sting e sugeriram seu nome a Spielberg.[20] Shaw estava inseguro em assumir o papel por não ter gostado do livro, mas decidiu aceitar a oferta após pressão de sua esposa, a atriz Mary Ure. "A última vez em que ela ficou tão feliz foi em From Russia with Love. E ela tinha razão."[21] Shaw baseou sua performance em um dos habitantes locais, Craig Kinsbury, que também participou do elenco como figurante. Spielberg descrevia Kinsbury como "a mais pura versão de quem, em minha mente, seria Quint". Outras fontes de inspiração para as falas e maneiras de Quint foi um mecânico local chamado Lynn Murphy.[8]

Para o papel de Hooper, Spielberg desejava contratar Jon Voight. Timothy Bottoms, Joel Grey e Jeff Bridges também foram considerados para o papel. O cineasta George Lucas, amigo pessoal de Spielberg, indicou o ator Richard Dreyfuss, com quem havia colaborado em American Graffiti. O ator inicialmente dispensou a oferta, mas mudou de opinião após comparecer à exibição de The Apprenticeship of Duddy Kravitz, pouco antes de seu lançamento. Desapontado com sua performance anterior e temendo uma queda em sua carreira, Dreyfuss aceitou o papel em Jaws. Como o roteiro final do filme era muito diferente do livro, Spielberg pediu que Dreyfuss não lesse a obra antes das filmagens. Como resultado da seleção de elenco, Hooper teve de ser reescrito para que o ator se encaixasse melhor no papel e para que representasse mais Spielberg, que passou a ver Dreyfuss como "seu alter ego".[19][22]

Música

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John Williams compôs a trilha sonora de Jaws, que rendeu-lhe um Óscar de Melhor Trilha Sonora Original e foi considerada posteriormente como a 6ª maior trilha sonora da história do cinema pelo American Film Institute.[23][24] O tema principal das cenas com o tubarão, uma simples alternância de duas notas musicais - identificadas como "E e F"[25] ou "F e Fm"[26] - tornou-se um clássico em filmes de suspense e sinônimo de um perigo próximo. Williams descreveu o tema como "esmagando caminhos até você, como o tubarão faria, instintivo, implacável, imbatível".[27] O tema foi performado pelo tubista Tommy Johnston. Quando questionado por Johnston porque a melodia havia sido composta em tom alto e não performada pela mais apropriada trompa, Williams respondeu que desejava um efeito "ameaçador".[28] Ao apresentar o tema a Spielberg, o diretor riu achando que se tratava de uma piada.[8] Nos elementos de percussão acelerada, a trilha sonora contém incidentais de La mer, de Claude Debussy, assim como A Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky.[25][29]

Há várias interpretações sobre o significado e efeito do tema principal do filme, que é amplamente descrito como um dos mais reconhecíveis temas da história do cinema. O especialista em música Joseph Cancellaro propõe que a alternância das duas notas é uma referência ao batimento cardíaco do tubarão.[30] De acordo com Alexandre Tylski, assim como temas compostos por Bernard Herrmann para Taxi Driver, North by Northwest e Mysterious Island, este é uma referência à respiração de uma pessoa. Tylski ainda argumenta que o ponto alto da trilha sonora é, na realidade, "a divisão e a ruptura" - quando este se encerra abruptamente após a morte de Chrissie na cena inicial. A relação entre som e silêncio também é levada em conta, de forma que o público é condicionado a associar o tubarão com seu tema.[30]

Recepção

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Resultado nas bilheterias

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"Tubarão" em cartaz no Cine Marabá, 1977.

Jaws estreou com 7 milhões de dólares no fim de semana[31] e recobrou seus custos de produção em apenas duas semanas.[32] Em apenas 78 dias após o lançamento, o filme superou The Godfather como o mais bem-sucedido nas bilheterias da América do Norte,[33] superando inclusive a produção de 86 milhões de dólares. O filme também entrou para a história por ser o primeiro superar a marca de 100 milhões de dólares em bilheterias norte-americanas.[34] Os relançamentos em cinema em 1976 e 1979 totalizaram 133 milhões de dólares em bilheterias.[35]

Em vários países do mundo o filme só foi lançado em dezembro de 1975. Seguindo o sucesso comercial alcançado nos Estados Unidos, o filme quebrou recordes em Singapura, Nova Zelândia, Japão, Espanha e México. Em 1977, Jaws ainda era o maior lançamento norte-americano no exterior com rendas de 193 milhões de dólares, chegando a cerca de 400 milhões de dólares em renda bruta. Por consequência, suplantou novamente The Godfather, que havia arrecadado 145 milhões no total.[36]

No Brasil, o filme chegou em 25 de dezembro de 1975,[1] e conseguiu atrair mais de 13 milhões de pessoas nos cinemas brasileiros, tornando-se o filme mais visto no país até o lançamento de Titanic em 1997.[37]

Resposta crítica

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Recebeu críticas positivas desde seu lançamento[38] No site agregador de críticas Rotten Tomatoes, 98% das 82 resenhas dos críticos são positivas. O consenso dos críticos do site diz que as "histórias convincentes e bem elaboradas e um senso judicioso de terror garantem que Jaws, de Steven Spielberg, permaneça como uma referência na arte de proporcionar emoções modernas de sucesso de público".[39] O Metacritic, que usa uma média ponderada, atribuiu ao filme uma pontuação de 87 em 100, baseado em 19 críticos, indicando "aclamação universal".[40]

Principais prêmios e indicações

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Jaws venceu três categorias do Óscar: Melhor Edição, Melhor Banda Sonora e Melhor Som (Robert Hoyt, Roger Heman, Earl Madery e John Carter).[23] Também foi indicado nas categorias de Melhor Filme, perdendo para One Flew Over the Cuckoo's Nest. Spielberg, no entanto, lamentou o fato de não ter sido indicado a Melhor Diretor. Além do Óscar, John Williams venceu os Prémios Grammy de Melhor Banda Sonora para Mídia Visual,[41] o BAFTA de Melhor Banda Sonora[42] e o Globo de Ouro de Melhor Banda Sonora Original.[43]

Jaws foi escolhido como "Filme Favorito" do People's Choice Awards.[44] Também foi indicado a melhor filme, diretor, ator (Richard Dreyfuss), edição e som no BAFTA,[42] além de diversas outras categorias nos Prémios Globo de Ouro.[43] Spielberg foi indicado a Melhor Diretor pelo Directors Guild of America[45] e Peter Benchley e Carl Gottlieb foram indicados a Melhor Roteiro Adaptado pelo Writers Guild of America.[46]

Mesmo anos após seu lançamento, o filme têm sido frequentemente citado pela crítica e profissionais da indústria do cinema como um dos maiores filmes já realizados. O filme ficou em 48º lugar na lista 100 Years... 100 Movies promovida pelo American Film Institute em 1998;[47] na edição de 10 anos da lista, em 2008, o filme havia decaído para a 56ª posição.[48] A mesma revista também posicionou o tubarão em 18º lugar na lista dos "50 maiores vilões de todos os tempos". Em 2003, o jornal The New York Times incluiu o filme em sua lista de mil melhores filmes já lançados.[49]

Em 2001, o filme foi selecionado pela Biblioteca do Congresso para preservação em seu Registro Nacional de Filme como uma produção de "alta significância cultural".[50] Em 2006, o roteiro foi considerado o 63º melhor já escrito pelo Sindicato de Roteiristas da América,[51] e em 2012 o filme ficou em oitavo em uma lista do Sindicato de Editores de Filmes dos filmes mais bem montados da história.[52]

Lista de prêmios e indicações de Jaws
Premiação Categoria Vencedores e indicados Resultado
Óscar Melhor Filme Jaws Indicado[23]
Melhor Trilha Sonora John Williams Venceu[23]
Melhor Mixagem de Som Robert L. Hoyt, Roger Heman, Earl Madery e John Carter Venceu[23]
Melhor Edição Verna Fields Venceu[23]
Globo de Ouro Melhor filme - drama Jaws Indicado[43][53]
Melhor diretor Steven Spielberg Indicado[43][53]
Melhor roteiro Peter Benchley e Carl Gottlieb Indicado[43][53]
Melhor trilha sonora John Williams Venceu[43][53]
BAFTA Melhor Filme Jaws Indicado[carece de fontes?]
Melhor Diretor Steven Spielberg Indicado[carece de fontes?]
Melhor Ator Richard Dreyfuss Indicado[carece de fontes?]
Melhor Roteiro Adaptado Peter Benchley e Carl Gottlieb Indicado[carece de fontes?]
Melhor Trilha Sonora John Williams Venceu[carece de fontes?]
Melhor Edição Verna Fields Indicado[carece de fontes?]
Grammy Awards Melhor Banda Sonora Original para Mídia Visual John Williams Venceu[41]

Referências

  1. a b «Prepare-se para sentir medo: o 'Tubarão' estreia». Folha de S. Paulo. 25 de dezembro de 1975. Consultado em 13 de junho de 2019 
  2. a b c d «Tubarão». Brasil: CinePlayers. Consultado em 14 de março de 2019 
  3. «Tubarão». Portugal: CineCartaz. Consultado em 14 de março de 2019 
  4. Foi há 40 anos: 15 coisas que não sabe sobre o filme "Tubarão"
  5. Gottlieb 2005, p. 92
  6. Priggé 2004, p. 6
  7. Scanlon 2009, p. 197
  8. a b c d Bouzereau, Laurent (1995). A Look Inside Jaws ["From Novel to Script"]. Jaws: 30th Anniversary Edition DVD (2005): Universal Home Video.
  9. a b c Brode 1995, p. 50
  10. McBride 1999, p. 231
  11. McBride 1999, p. 232
  12. a b c Biskind 1998, p. 264
  13. McBride 1999, p. 240
  14. Gottlieb 2005, p. 52
  15. Harvey, Neil (13 de junho de 2005). «30 years of 'Jaws'». The Roanoke Times. Consultado em 12 de março de 2010. Arquivado do original em 4 de janeiro de 2013 
  16. Gottlieb 2005, p. 56
  17. Nadler 2006, p. 35.
  18. a b c d McBride 1999, p. 237
  19. a b Baer 2008, p. 206
  20. Jackson 2007, p. 20
  21. «Summer of the Shark». Time. 23 de junho de 1975. Consultado em 31 de julho de 2017. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2009 
  22. McBride 1999, p. 236
  23. a b c d e f «The 48th Academy Awards (1976) Nominees and Winners». Academy of Motion Picture Arts and Sciences 
  24. «AFI's 100 Years of Film and Scores». American Film Institute 
  25. a b Matessino, Michael (24 de setembro de 1999). «Letter in response to "A Study of Jaws' Incisive Overture To Close Off the Century». Film Score Monthly. Consultado em 31 de julho de 2017. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2006 
  26. Tylski, Alexandre (14 de setembro de 1999). «A Study of Jaws' Incisive Overture To Close Off the Century». Film Score Monthly. Consultado em 31 de julho de 2017. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2006 
  27. Friedman 2006, p. 174
  28. Chaudy, Bob (6 de novembro de 2006). «Spies, sports, and sharks». BBC News 
  29. Scheurer, Timothy E. (1 de março de 1997). «John Williams and film music since 1970». Popular Music and Society 
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  31. «Jaws (1975)». Box Office Mojo 
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  35. «Jaws, 40 years on». The Guardian. 31 de maio de 2015 
  36. Weiler, A. H. (14 de abril de 1975). «Evans Quits as Executive at Paramount». The New York Times 
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  39. Jaws (1975) (em inglês), consultado em 17 de junho de 2020  no Rotten Tomatoes
  40. Jaws, consultado em 17 de junho de 2020 , no Metacritic
  41. a b «Past Winners Search». The Recording Academy 
  42. a b «1975 Film Nomations». BAFTA[desambiguação necessária] 
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  44. «And the 2nd Annual "Favorite Movie People's Choice" is ... Jaws!». People's Choice Awards. Consultado em 31 de julho de 2017. Arquivado do original em 25 de julho de 2013 
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  47. «100 Years... 100 Movies». American Film Institute 
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  49. «The Best 1,000 Movies Ever Made». The New York Times. 29 de abril de 2003 
  50. «Librarian of Congress Names 25 More Films to National Film Registry» (Nota de imprensa). Library of Congress. 18 de dezembro de 2001. Consultado em 11 de março de 2010. Arquivado do original em 7 de dezembro de 2009 
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