Stephen Greenblatt

Stephen Jay Greenblatt (Boston, 7 de novembro de 1943) é um teórico e crítico literário, estudioso das obras de William Shakespeare.

Stephen Greenblatt
Stephen Greenblatt
Stephen Greenblatt, 2009.
Nascimento 7 de novembro de 1943
Boston, Estados Unidos da América
Nacionalidade Estados Unidos Norte-americano
Ocupação Teórico e crítico literário
Prémios National Book Award - Não Ficção (2011)

Prémio Pulitzer de Não Ficção Geral (2012)

Greenblatt nasceu em Boston e cresceu em Cambridge, Massachusetts. Estudou em Yale (onde se graduou em 1964, obteve o mestrado, em 1968, e o Ph.D. em 1969) e no Pembroke College (Cambridge) (graduação, em 1966, e mestrado, em 1968). Foi professor da Universidade da California, Berkeley, onde ensinou por 28 anos, tornando-se posteriormente professor de Língua e Literatura Inglesa e Americana na Faculdade de Artes e Ciências de Harvard, em 1997. Foi professor visitante de várias universidades, incluindo Oxford, Londres, Kyoto, Bolonha, Florença, Berlim e Pequim.[1]

É considerado por muitos como um dos fundadores do New Historicism (Novo Historicismo) — a que ele também se refere como "poética cultural" —, uma das mais influentes escolas de crítica e teoria literária, a partir do início dos anos 1980, quando Greenblatt introduziu a expressão na introdução de The Forms of Power and the Power of Forms (1982), uma coletânea de ensaios sobre o Renascimento editada por ele e publicada como edição especial do periódico Genre.[2][3]

Stephen Greenblatt escreveu vários livros e numerosos artigos sobre o Novo Historicismo, o estudo da cultura, a Renascença e sobre a obra de Shakespeare sendo considerado um especialista nessas áreas. Seu trabalho mais conhecido é Will in the World, uma biografia de Shakespeare que esteve na lista dos livros mais vendidos durante nove semanas, segundo o New York Times. Editou mais de dez obras, incluindo a sétima edição de The Norton Anthology of English Literature. É fellow da American Academy of Arts and Sciences e recebeu vários prêmios e honrarias.

Greenblatt é também um dos fundadores do jornal Representations,[4] que frequentemente publica artigos dos novos historicistas.

Obras selecionadas

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  • Three Modern Satirists: Waugh, Orwell, and Huxley (1965)
  • Sir Walter Ralegh: The Renaissance Man and His Roles (1973)
  • Renaissance Self-Fashioning: From More to Shakespeare (1980)
  • Shakespearean Negotiations: The Circulation of Social Energy in Renaissance England (1988)
  • Learning to Curse: Essays in Early Modern Culture (1990)
  • Marvelous Possessions: The Wonder of the New World (1992). Em português Possessões maravilhosas: o deslumbramento do novo mundo. Trad. Gilson Cesar de Souza. São Paulo:EDUSP, 1996.
  • Redrawing the Boundaries: The Transformation of English and American Literary Studies (1992)
  • The Norton Shakespeare (1997)
  • Practicing New Historicism, com Catherine Gallagher (2000). Em português, A Prática do Novo Historicismo. Bauru: Edusc, 2005.
  • Hamlet in Purgatory (2001)
  • Will in the World: How Shakespeare Became Shakespeare (2004)
  • The Greenblatt Reader (2005)
  • Cardenio, com o dramaturgo Charles Mee (2008)[5]
  • Shakespeare's Freedom (2010)
  • The Swerve: How the World Became Modern (2011)
  • Representing the English Renaissance (como organizador, autor da "Introdução", p. vii, e do ensaio "Murdering Peasants: Status, Genre, and the Representation of Rebellion", p. 1).

Referências

  1. «Greenblatt named University Professor of the Humanities.». Consultado em 19 de maio de 2011. Arquivado do original em 8 de fevereiro de 2012 
  2. Genre 15 (1982), 5-6, apud BRANNIGAN, John: New historicism and cultural materialism. Nova York: St. Martin's Press, 1998, p. 61.
  3. Entrevista concedida por Greenblatt, 2005.
  4. 'Representations Arquivado setembro 25, 2012 no WebCite Corpo editorial e membros fundadores.
  5. Adaptação brasileira de Cardenio é auto-irônica, por Beth Néspoli. Estadão, 29 de maio de 2009.

Ligações externas

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