Squanto
Squanto, também conhecido como Squantum ou Tisquantum (c. década de 1580 – novembro de 1622) foi um dos dois índios americanos (Samoset foi o outro) que auxiliaram os chamados Peregrinos, primeiros europeus a se estabelecerem permanentemente no território dos Estados Unidos, após o seu primeiro inverno no Novo Mundo. Foi um membro da tribo Patuxet, uma subtribo da Confederação Wampanoag.
Squanto | |
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Nascimento | 1585 Patuxet tribe |
Morte | 30 de novembro de 1622 Chatham |
Sepultamento | Massachusetts |
Cidadania | Colônia da Virgínia |
Ocupação | intérprete, guide |
Biografia
editarGeorge Weymouth foi um capitão inglês que explorou a área conhecida hoje em dia como o estado americano do Maine. Durante o curso da exploração, em 1605, Weymouth e seus homens capturaram diversos indígenas, para mostrar ao patrocinador de sua viagem, como prova de seu trabalho exploratório. Os nomes dos nativos eram Manida, Skidwarres/Skettawarroes, Nahanada/Dehanada, Assacumet e Tisquantum, e foram entregues ao superior de Weymouth, sir Ferdinando Gorges. Acredita-se então que Tisquantum tenha sido levado para a Inglaterra, onde foi educado para atuar como tradutor na Nova Inglaterra; retornou à América do Norte em 1612, com o capitão John Smith, que após algum tempo de serviço permitiu que ele retornasse à sua aldeia.
Durante retorno à sua tribo, em 1614, no entanto, Squanto foi raptado por outro inglês, Thomas Hunt, um dos tenentes de Smith. Hunt planejava vender peixe, milho e escravos capturados em Málaga, na Espanha. Alguns frades locais, no entanto, descobriram o que Hunt estava planejando,[1] e salvaram os índios que ainda não haviam sido vendidos, inclusive Tisquantum, para instrui-los na fé cristã. Eventualmente Squanto fugiu para Londres, onde viveu com um certo John Slany por alguns anos, e depois cruzou novamente o Atlântico rumo a Cuper's Cove, na atual província canadense de Terra Nova e Labrador. Tentando evitar a longa caminhada da Terra Nova até a sua aldeia natal, Tisquantum tentou participar de uma expedição que rumava até àquela parte da costa leste do território americano. Retornou para a Inglaterra em 1618, no entanto, quando viu que o plano não daria certo. Retornou à América em 1619, onde se juntou a outra expedição exploratória na costa da Nova Inglaterra. Logo descobriu que sua tribo, os Patuxet, bem como a maioria das tribos da costa da Nova Inglaterra (na sua maioria compostas de Wampanoags e Massachussetts) haviam sido dizimados no ano anterior por uma praga, possivelmente varíola.
Tisquantum acabou por se estabelecer com os peregrinos no local de sua antiga aldeia, ajudando-os a se recuperar das dificuldades de seu primeiro inverno na região, ensinando-lhes a aumentar a produção de comida com a fertilização das plantações, e indicando-lhes os melhores lugares para se obter peixes (como enguias).
Quaisquer que tenham sido as motivações de Squanto, ele acabou por perder a confiança tanto dos ingleses quanto dos nativos. Massasoit, o sachem que o havia indicado inicialmente como uma espécie de diplomata entre os peregrinos, j�� não confiava nele antes do encontro da tribo com os brancos (como fica evidente pelo envio de Hobamok, outro nativo, para vigiar Tisquantum e agir como seu segundo representante), e certamente deixou de fazê-lo depois.
Em seu retorno de um encontro que visava reparar as relações danificadas entre nativos e peregrinos, Squanto adoeceu, com uma febre; especula-se, no entanto, que ele tenha sido envenenado, devido a uma possível deslealdade com o sachem.[2] Morreu alguns poucos anos depois, em 1622, em Chatham, no atual estado de Massachusetts, e está enterrado hoje em dia numa sepultura anônima em Chathamport, sobre Ryder's Cove. Seu legado, no entanto, permaneceu - na medida em que a paz entre os dois grupos permaneceu por pelo menos 50 anos depois de sua morte.
Referências
Bibliografia
editar- Fontes primárias
- Bradford, W. Governor William Bradford's Letter Book. Boston: Applewood, 2002 (1906).
- Bradford, W. Of Plymouth Plantation, 1620-1647. New York: Modern Library 1981 (1856).[1]
- Gorges, Ferdinand. "A Briefe Relation of the Discovery and Plantation of New England," in Baxter 1890, I:203-40 (1622).
- Morton, T. New English Canaan, or New Canaan. London: Charles Green, 1637.
- Winslow, E. Good Newes from New-England: or A True Relation of Things Very Remarkable at the Plantation of Plimoth in New-England. London: William Bladen and John Bellamie, 1624
- Fontes secundárias
- Cell, G.T. "The Newfoundland Company: A Study of Subscribers to a Colonizing Venture." WMQ 22:611-25, 1965.
- Deetz, J. and P.S. Deetz. The Times of Their Lives: Life, Love, and Death in Plymouth Colony. New York: Random House, 2000.
- Mann, Charles. 1491: New Revelations of the Americas Before Columbus. New York: Random House, 2005. TACOS
- Nash, Struggle and Survival in Colonial America. Berkeley, CA: University of California Press, 228-45, 1989.
- Salisbury, N. "Squanto: The Last of the Patuxets," in D.G. Sweet and G.B. Nash, Struggle and Survival in Colonial America. Berkeley, CA: University of California Press, 228-45, 1989.
- Salisbury, N. Manitou and Providence: Indians, Europeans, and the Making of New England, 1500-1643. New York: Oxford University Press, 1982.
Ligações externas (em inglês)
editar- Squantum (Squanto) and Cupids
- Bradford, William. History of Plymouth Plantation, 1683 - Modern History Sourcebook
- Johnson, Caleb. MayflowerHistory.com