Santa Cruz do Rio Pardo

município do estado de São Paulo

Santa Cruz do Rio Pardo é um município do estado de São Paulo. O município é formado pela sede e pelos distritos de Caporanga, Clarínia e Sodrélia.[5][6]

Santa Cruz do Rio Pardo
  Município do Brasil  
Vista do Rio Pardo no município
Vista do Rio Pardo no município
Vista do Rio Pardo no município
Símbolos
Bandeira de Santa Cruz do Rio Pardo
Bandeira
Brasão de armas de Santa Cruz do Rio Pardo
Brasão de armas
Hino
Lema Omnia in bonum omnium
"Tudo para o bem de todos"
Gentílico santa-cruzense
Localização
Localização de Santa Cruz do Rio Pardo em São Paulo
Localização de Santa Cruz do Rio Pardo em São Paulo
Localização de Santa Cruz do Rio Pardo em São Paulo
Santa Cruz do Rio Pardo está localizado em: Brasil
Santa Cruz do Rio Pardo
Localização de Santa Cruz do Rio Pardo no Brasil
Mapa
Mapa de Santa Cruz do Rio Pardo
Coordenadas 22° 53′ 56″ S, 49° 37′ 58″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Ourinhos, Canitar, Chavantes, Ipaussu, Bernardino de Campos, Óleo, Águas de Santa Bárbara, Paulistânia, Agudos, Cabrália Paulista, Lucianópolis, Ubirajara, São Pedro do Turvo e Espírito Santo do Turvo.
Distância até a capital 345 km
História
Emancipação 20 de janeiro de 1870 (154 anos)
Administração
Prefeito(a) Diego Singolani (PSD)
Características geográficas
Área total [1] 1 114,984 km²
População total (estimativa IBGE/2022[2]) 46 442 hab.
Densidade 41,7 hab./km²
Clima Subtropical úmido (Cwa)
Altitude 467 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,762 alto
PIB (IBGE/2018[4]) R$ 2 033 565,53 mil
PIB per capita (IBGE/2018[4]) R$ 42 906,75

História

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A região em que hoje está Santa Cruz do Rio Pardo, originalmente habitada por indígenas coroados, começa a ser colonizada por não-índios em meados do século XIX, quando migrantes vindos de Minas Gerais, como os sertanistas José Theodoro de Souza e depois Joaquim Manuel de Andrade e Manoel Francisco Soares, se fixam na região. Nessa época, os mineiros fundam, às margens do Rio Pardo, na confluência com o ribeirão São Domingos, o povoado de Capela de São Pedro.

Em 1872, o povoado de Capela de São Pedro é elevado à categoria de freguesia, com o nome "Santa Cruz do Rio Pardo", subordinada à vila de Lençóis. Em 1876, devido ao desenvolvimento da Freguesia, Santa Cruz do Rio Pardo se torna vila, emancipando-se de Lençóis. Em 1884, se torna sede de comarca.

A economia santa-cruzense, que originalmente era baseada no cultivo de milho e cereais e depois na criação de gado bovino e suíno, passa a ter, no final do século XIX, a cafeicultura como grande produto. Para o cultivo do café, vieram para Santa Cruz do Rio Pardo milhares de imigrantes italianos. A vila se desenvolve rapidamente e, com isso, a sua Câmara Municipal tenta lhe dar o título de cidade em 1896, algo só concretizado dez anos depois, tendo sido eleito o primeiro prefeito o Dr. Olympio Rodrigues Pimentel. Em 1908, a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana à cidade alavanca o desenvolvimento. Entretanto, faltavam muitos serviços básicos e a primeira escola só foi inaugurada em 1915.

No final do século XIX e primeiras décadas do século XX, os principais distritos de Santa Cruz do Rio Pardo são emancipados, como Campos Novos (1885), São Pedro do Turvo (1891), Salto Grande (1911), Ipaussu (1915), Óleo (1917), Chavantes (1922) e Bernardino de Campos (1923).

Com o fim do ciclo do café, ocorrido devido à Grande Depressão, a economia da cidade passa a ser baseada em outras culturas e a produção de alfafa passa a se destacar entre as demais. Houve um grande crescimento ao longo da década de 1940 e Santa Cruz teve melhoramentos antes de muitas outras cidades do interior.

Na década de 1950, a agricultura entra em decadência. A Estrada de Ferro Sorocabana foi desativada na década seguinte.

Atualmente, Santa Cruz é o quarto polo calçadista do Estado de São Paulo; possuindo cerca de 32 fábricas de calçados, com produção diária de 25 mil pares. Por ano, isso significa uma produção de aproximadamente 5 milhões de pares. O município possui também um polo Cerealista, produzindo 25% do arroz consumido em São Paulo, sendo o maior beneficiador desse grão no estado.

Apresenta também números relevantes na plasticultura (cultura sob plástico). É a maior representante no estado de São Paulo, com setenta hectares de estufas de hortaliças e legumes. 66% dessa produção é destinada à CEAGESP e 34% distribuído na região.[7][8][9]

Atividades Econômicas

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Santa Cruz sempre se destacou no cultivo do arroz irrigado.[10] A produção de arroz é a principal atividade do município desde o princípio, mantendo-se até meados do século XX, quando iniciou a atividade canavieira extensiva – com técnica adquirida dos holandeses que aqui residiram, como Haward Hollenbark e Van der Hellyk II.[11] Mas a cidade continua até hoje a ser o principal polo arrozeiro do estado de São Paulo.

Ao menos 30% de todo arroz consumido no Estado de São Paulo são provenientes das cerealistas de Santa Cruz do Rio Pardo e a indústria do setor a cada ano aumenta sua capacidade de beneficiamento, aumentando seus portfólios em variedades de produtos. Sendo a cidade um dos grandes pólos de alimentos do Estado.

Geografia

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Sua população é estimada em 46.366 habitantes, segundo o IBGE, o que deixa o município, portanto, como o 141° mais populoso do estado. A sua extensão territorial é de 1 114,984 km² (Lista dos municípios de São Paulo por área), o que lhe confere a densidade demográfica de aproximadamente 37,9 hab/km² e ser o 26º maior município em área territorial do estado.

Distritos

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O município possui dois bairros urbanos localizados fora da cidade: Sodrélia e Caporanga.

Sodrélia

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Localizado à beira da Rodovia Vicinal Anísio Zacura, Sodrélia possui 200 habitantes e está a 11 km da cidade.

Caporanga

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Localizado à beira da Rodovia João Baptista Cabral Rennó, Caporanga possui 830 habitantes e está a 28 km da cidade

Demografia

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Dados do Censo

População total: 46.442 (2022)[12]

Densidade demográfica (hab./km²): 39,34 (2010)

Mortalidade infantil (óbitos por mil nascidos vivos): 8,26 (2019)[13]

Expectativa de vida (anos): 73,50

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 1,97

Taxa de alfabetização: 91,59%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,762[3]

  • IDH-M Renda: 0,744
  • IDH-M Longevidade: 0,867
  • IDH-M Educação: 0,686

Frota (2013)

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  • Automóvel : 14.587 automóveis
  • Caminhão: 1.384 caminhões
  • Caminhão trator: 394 caminhões Trator
  • Caminhonete: 2.619 caminhonetes
  • Camioneta: 582 camionetas
  • Micro-ônibus: 105 micro-ônibus
  • Motocicleta: 5.415 motocicletas
  • Motoneta: 1.444 motonetas
  • Ônibus: 97 ônibus
  • Trator de rodas: 4 tratores de rodas
  • Utilitário: 95 utilitários
  • Outros: 1.219 veículos
 
Rio Pardo, principal rio do município

Hidrografia

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  • Rio Pardo
  • Rio Turvo
  • Ribeirão Mandassaia
  • Ribeirão da Onça
  • Ribeirão São Domingos
  • Ribeirão do Alambari
  • Rio Apiaí
  • Ribeirão da Figueira

Rodovias

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  • SP-327 - Rodovia Orlando Quagliato
  • SP-280 - Rodovia Castelo Branco
  • SP-225 - Rodovia Engenheiro João Baptista Cabral Rennó
  • Rodovia Vicinal Plácido Lorenzetti
  • Rodovia Vicinal Anísio Zacura
  • Rodovia Vicinal Paulo Blumer

Transporte

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  • Viação Riopardense
  • Avoa
  • Viação Manoel Rodrigues
  • San Carlos Turismo

Infraestrutura

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Comunicações

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A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973,[14] quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica,[15] sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[16] para suas operações de telefonia fixa.

Outras Informações

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  • DDD: (14)
  • Prefixos de Telefone: 3372/3373 (residencial da cidade); 3332 (comercial-DDR); 3374 (distrito de Caporanga); 3376 (distrito de Sodrélia)
  • CEP: 18900-000

Esporte

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O município possui o Estádio Municipal Leônidas Camarinha, pertencente à Prefeitura do município, com capacidade de cerca de 7.500 lugares. É nele em que o time profissional de futebol do município, a Associação Esportiva Santacruzense, manda seus jogos. Além do futebol profissional, há diversos times amadores, que jogam nos espalhados campos de futebol do município.

Ver também

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Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Santa Cruz do Rio Pardo (SP)/Cidades e Estados/IBGE» 
  3. a b «IDHM Municípios 2010». 2010 
  4. a b «PIB por Município». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 17 jun. 2021 
  5. «Municípios e Distritos do Estado de São Paulo» (PDF). IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico 
  6. «Divisão Territorial do Brasil». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
  7. livro "Santa Cruz do Rio Pardo: Memórias" Autor: Magali Junqueira
  8. Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo
  9. «Conheça Santa Cruz do Rio Pardo - SP». Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  10. Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo
  11. Memórias holandesas no Brasil - uma exposição do governo da Bahia
  12. «Santa Cruz do Rio Pardo (SP) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 9 de junho de 2024 
  13. «Santa Cruz do Rio Pardo (SP) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 9 de junho de 2024 
  14. «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  15. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  16. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 

Ligações externas

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